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sábado, 19 de maio de 2012

O leviano



Aprendi a lidar com as calúnias como quem assiste a uma comédia, pois, meu riso pode ser um veneno a quem não sabe por onde começar, a quem faz da liberdade o instrumento para tentar açoitar as pessoas. No entanto, cada palavra do leviano é como um golpe cortante contra si mesmo, pois, somente ele, ninguém mais, vê nas próprias mentiras, a única razão para compreender-se como ser humano, afinal, em seu auto-conceito e na sua rebaixada alto-estima, um rato é muito maior e mais valoroso do que ele se sente.

A leviandade é o instrumento dos desprovidos de argumentos, dos que tentam, em suas verborrragias, convercer a todos de suas fantásticas mentiras. O mais engraçado disso é que são tão imbecís que acham que todos acreditam, quando, na verdade, são o melhor motivo para nosso riso. Por isso, como disse no início, são uma verdadeira comédia.

O leviano contempla suas ecolalias e  suas falas internas contínuas, como um ato de bravura, sempre fantasiando, ou, delirando estar fazendo um grande feito, mas, no entanto, todos sabemos  onde essa bravura encerra-se, ao deparar-se com o contraditório, ou mesmo, com as versões que desconstroem as farsas por ele sustentadas. Logo, adentra nos campos da histeria, sendo seu espetáculo sempre repleto de apresentações teatrais.

O leviano é mais ou menos isso mesmo, um nada em busca de público para as mentiras que, aos poucos, o devoram, sendo o seu próprio mal a busca de uma forma em destruir-se, porque viver, a quem tem tal característica é um grande enfado, um grande açoite e uma noite sem fim, sem sequer a presença da lua e das estrelas.  

O leviano nega suas verdadeiras intenções, afinal, uma de suas especialidades é a vingança contra quem escolhe para justificar o fracasso que é e ocultar a perversidade  de uma personalidade desprovida de limites e afetivamente pobre, revelando assim, a fragilidade que tenta fortalecer-se de seus próprios medos frente ao nada que se sentem.

Uma das piores partes para um leviano é deparar-se com um igual, afinal, jamais suas histórias podem ser menores em relação as do outro, por isso, sempre estão em meio a ofensas e brigas até com suas próprias sombras. Pobre miserável, mal sabe ele que a infelicidade é sua característica mais marcante.



Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo e um dos coordenadores do Ateliê de Inteligência.

 ateliedeinteligencia@gmail.com

sábado, 12 de maio de 2012

Brasileiro não é trouxa III


        Brasileiro não é trouxa III

Quando as políticas de estado apontam o interesse em destituir a figura de autoridade, enfraquecer o judiciário, amedrontar o legislativo, desestabilizar e endividar as famílias e, enfraquecer crenças e valores imprescindíveis, presume-se então, que, estejam em curso, interesses que atendam ao propósito em contextualizar a “liberdade” dentro de um único viés. Isto tudo, com o interesse em implantar um conceito de “unidade e integração continental” aos moldes dos tratados estabelecidos pelo foro de São Paulo, em 1990, com a presença de partidos e movimentos socialistas e comunistas de toda América latina, sob a regência da estrela maior do encontro, o ditador e genocida Fidel Castro, da empobrecida e desvalida Cuba.

Não dá para aceitar o conceito de “venezuelização”, em busca de um socialismo capenga e anoréxico que atenda a perversão de caráter dos que ainda acreditam ser possível criar fantasias de meias verdades, ou, apenas, uma única concepção construída de “verdade” que sacrifique a muitos e salve os companheiros. Isto, na tentativa em passar uma maquiagem sobre atos de marginalidade, para disfarça-los, como se fossem atos de “bravura e heroísmo”, mesmo que atendam a uma extensa e variada modalidade de crimes.  

As coisas por aqui andam seguindo interesses que denotam objetivos em manipular a opinião pública, destituindo a relevância daqueles que, por anos seguidos, foram o suporte e instrumento para o processo democrático.

Há um órgão de imprensa que, justamente por manter uma linha editorial que não atenda a recomendações nem se sujeite aos interesses do estado, do dia para noite, teve sua história atirada ao chão, rasgada em suas incontáveis páginas e, amaldiçoada pelos que necessitam transformar suas razões em sentenças públicas.

Enquanto isso, outros mecanismos de informação privados agem como se fossem estatais, veiculando o que for de interesse do Estado e transformando fatos em sentenças, destituindo até mesmo a necessidade da justiça, pois, a lei dos que governam está acima das nossas liberdades. Aliás, que liberdade que nada, isso aqui é discurso demagógico. Estamos debaixo do olhar e das escutas não autorizadas. Nossas vidas nada são de privadas, mas, sujeitas ao Estado que imagina poder fazer das mesmas, o que bem desejar.

Não sei se hilário ou cômico, talvez os dois, mas, hoje, conseguiram transformar uma pessoa no único representante da ilegalidade, da contravenção e do crime no Brasil, como se não houvesse outros.

Estabeleceram uma empresa como a única que manipula licitações, faz lobbys e adota práticas escusas, escondendo muitas outras debaixo das abas dos interesses de muitos pseudo-representantes do povo.

Mas, uma coisa é fato: Brasileiro não é trouxa! Trouxas, sim, são os senhores(as), manipuladores! Afinal, ao final desse horrível processo onde é arquitetado o “pior para construir o melhor”, escutem bem e escrevam, estarão os senhores desmoralizados, pois, cairão em descrédito.

Quanto tempo isso pode durar? Não sei precisamente. Possivelmente, por mais uns mensalões, afinal, o rato, quando descobre o caminho do queijo, sempre volta para mais um pedaço.    

Marcus Antônio Britto de Fleury Junior é psicólogo e um dos coordenadores do Ateliê de Inteligência.


sábado, 5 de maio de 2012


Brasileiro não é trouxa II



Ao término da primeira parte desse artigo, disse não temer o que escrevo, pois, não tenho o péssimo habito de cometer leviandades, levando pessoas à exposição. Trago à discussão fatos que, se forem trabalhados, poderão contribuir para estimular uma sociedade pensante que saiba interpretar a intencionalidade dos fatos, não se rendendo aos propósitos dos que fazem da democracia o instrumento para atingir os mais diversos interesses, até mesmo, o de desestabilizar a diversidade de pensamentos, para que, assim, possam implantar verdades forjadas num golpe velado, cuja, nova forma em destruir os adversários sai do campo da luta armada, avançando destrutivamente através da mídia que expõe vidas como se as mesmas fossem propriedades dos velhos modelos estatais do pobre e infeliz antigo leste europeu, ou então, para tropicalizar da não libertadora revolução cubana. 

Os acordos com antigos opositores, adversários lendários, se interpretados como flexibilidade, nada mais são, senão, estratégias que avançam agressivamente para satisfazer interesses e finalidades ideológicas, promovendo a tênue sensação de liberdade coletiva, para que, aos poucos, possam instituir as novas formas de opressão e controle do estado.

Ao vermos os remanescentes da velha Arena abraçando com extrema afetividade e duvidosa lealdade seus antigos inimigos, só nos resta o riso, afinal, pouca coisa é tão cômica quanto isso.  

Os que necessitam sempre estar na base governista não são referência do pensamento democrático, ao contrário, suas incapacidades em contribuir como oposição, revelam por décadas a predileção pelas vaidades narcísicas e pelos interesses privados, sempre acima dos coletivos, de toda sociedade brasileira.

O brasileiro, nas suas mais variadas características, que vão desde a profundidade sábia do matuto à erudição do pensamento academicista, hoje sabe muito bem quem é quem no cenário político nacional e, não se enganem senhores políticos, pois esse, que é ano de eleição, haverá a manifestação do descontentamento de toda sociedade com aqueles que têm feito da boa fé popular a credencial para a realização de negociatas sujas, a exemplo do mensalão e da operação Monte Carlo.    

Sinceramente, trouxas são os que acreditam que irão assaltar o erário público, corromper, sujeitar-se a propinas e cometer desonestidades e ficarão impunes. Esses são os verdadeiros trouxas, não nós, que detemos a capacidade em colocá-los ou retirá-los do cenário político através do voto. 

Não há cueca que resista a tanta sujeira.  Portanto, esse é o ano onde poderemos fazer a exclusão de muitos que não sabem honrar a confiança que lhes é conferida através de nosso voto.

Marcus Antônio Britto de Fleury Junior é psicólogo e um dos coordenadores do Ateliê de Inteligência.



Acompanhe a parte III