.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Dê o título que desejar ?

O título? dê o que desejar !






https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEherpjwUQaBkvdI4wgjpPubB0E1R4jhPCcJZVnhyphenhyphenpwz9VlQAVfI6bIQldBgrUho6MqrReyYtE-a4jkZBX4HdvOZ_1E9ISjzsLYkmOJa9FJmT9EpRuY5qxFQEWIffRXIUCLIvaxPzbbX2nU/s1600/alice_in_wonderland01.jpg



É necessário pensar, rever posturas e mudá-las quando for necessário. As redes sociais são a grande sacada desse confuso e infeliz mundo pós-contemporâneo. Nelas, as alegrias se refazem à velocidade que atordoam nossas sinapses, e as fantasias são representadas na jogada semântica confundido a razão  ou as razões tão torpes quanto nossa capacidade em sermos tudo aquilo que é expresso, mas , será que é vivido?

Buscamos o alívio rápido para um tempo onde presencialmente dissimulamos, mas, sentados em nossos “Bunkers” cibernéticos tornamos-nos tão nós mesmos que em certo momento, depois de termos sido os Don Quixotes nessa farsa possivelmente tão necessária nos deparamos com o que está aí fora nas ruas, nesse inferno real repleto de incertezas , onde, nem o vil metal, em toda sue tempo de gloria e poder, resistiu ao que é plástico e deforma  a felicidade  e corrompe o prazer.

Se queremos , com uns toques, nessa sopa de letrinhas, alcançamos, porém, com a mesma velocidade perdemos, e lá vem, mais uma vez, em inúmeras tentativas a busca por aquilo que desejamos ser numa superficialidade tão atroz que nos confundimos entre o real e o virtual.

Todos numa só direção, em diversas frequências, mas numa mesma finalidade, mas qual mesmo? Será que sabemos ao certo, ou quando nosso cetro de arrogância poética se desfaz, nos sentimos tão impotentes que sobre a desgraça social nos sentimos ávidos ao linchamento do outro apenas para apresentar nossa mais completa degradação quanto ao que é muito mais forte dentro de cada um. Esse ódio encoberto pelas adocicadas guloseimas compulsivas, num “candy crush” de amor pós-contemporâneo, que nos remete ao que somos como seres primitivos, porém, hoje, domesticados pelas elegantes e confortáveis tecnologias embrutecedoras e alienantes.

Tornamo-nos revolucionários em nossas mentiras mal contadas, nas armadilhas que criamos para que sejamos pegos, mais cedo ou mais tarde,  num grande rito de auto-sabotagem , e assim, sem nada do que havíamos pensado conquistar , estamos todos nós de mãos vazias, de pés atados e de mentes aprisionadas favorecendo ao pior dos opressores que existem, nós mesmos, afinal, os outros, nem mais precisam se dar ao trabalho em grandes esforços, pois, estamos rendidos e nos esquecemos que a transformação que requer mais que 140 caracteres; requer, textos, mais textos, mais textos e muito mais ação.  
Tornamo-nos maridos perfeitos, esposas dóceis, filhos resignados, amigos leais e quando acordamos será o que somos realmente? Será que tudo o que apresentamos, ou ainda somos muito mais aquilo que não sabemos o que há em nós? Assusta-nos muito saber que iremos mais cedo ou mais tarde descobrir? Então, mecanismos de defesa, defesas que se desfazem diante dos primeiros trovões, das primeiras tempestades, das primeiras “bombas de efeito moral” nos colocando tão mais nus que quando nascemos.

Tornamos-nos “politicamente corretos, mas , o outro que se “fôda”, afinal, são as bandeiras que são seguidas, e não a esse tão defasado bicho acuado, o Ser Humano, que ao se posicionar é levado às lapides e abandonado aos abutres devoradores de “coxinhas”.

Tornamos-nos religiosos, mas , num primeiro espasmo de semi-deuses, consumimos a fé do outro para que possamos sustentar as nossas incertezas.

E assim, vamos de mega-bits em mega-bits, nos escondendo quanto ao que mais necessitamos, fortalecendo nosso adoecimento psíquico e nosso caos emocional.


                                                      Marcus Fleury 


0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home