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sexta-feira, 8 de março de 2013




Parque Serra das Areias, um adorno a coroa megalomaníaca.

 

A má fé é a condição própria dos que fazem das palavras um conjunto de artifícios, cujo interesse, nada mais é, senão, enganar, roubar, corromper, tornando a realidade tão torpe quanto à ausência de caráter dos que geram meios para que as finalidades sejam fatores de enriquecimento a poucos, e consequentemente, empobrecimento social e degradação dos recursos naturais. Criam parques ambientais por decretos e os ampliam para que possam deitar eternamente nas tetas do governo federal, arrancando, se possível for, até o último centavo, não os aplicando e gerando, dessa maneira, a farsa pública, muitas vezes, veiculada pela mídia, como se a virtualidade, mãe do estelionato político, não fosse por nós conhecida.

O Parque Serra das Areias é o retrato não apenas de um estelionato político, mas, o palco de um cenário que agrega diversos crimes, cujos gestores, rasgam a constituição, tornando-a inócua e desprovida de garantias a nós, cidadãos que somos em nossos direitos, roubados, além de traídos por uma horda que faz da mentira o alicerce de suas malandragens oficiais.

Criado para garantir a Aparecida de Goiânia, uma reserva ambiental, O Parque Serra das Areias, muito citado em entrevista dos gestores do município acima citado, como uma “joia” à população, nada mais  é, senão um adorno à coroa megalomaníaca de Maguito Villela e seus súditos que economizam verdades para justificar a incapacidade da implantação do Parque, que hoje, em virtude da degradação ambiental que está em curso nesse local, coloca o município em elevado risco em  virtude do assoreamento e de córregos que já não mais existem, como por exemplo, o Córrego Pedra de Amolar e outros, além, da redução das cachoeiras naquele local, que outrora eram 14 e hoje, segundo informações do senhor Juliano Cardoso, ex-secretário municipal de meio ambiente de Aparecida de Goiânia,  em outubro de 2009, ao Jornal Hoje, “restam apenas 6”, ressaltando o  comprometimento do lençol freático em virtude de poços artesianos ilegais e consequentemente, um desabastecimento de água para a população.

Bom, essa entrevista, dada efusivamente em 2009, não passou de uma bravata, de um lampejo da consciência, cuja razão, ao ser construída em forma de discurso, se estabelece sob artífice em persuadir e tornar as mentes um pouco menos críticas em relação ao que nada foi feito até a presente data.

O Parque Virtual Serra das Areias, adorno da coroa do prefeito local, não bastasse esses inúmeros e graves fatores, ainda conta com pistas ilegais de MotoCross, que rasgam a Serra, deixando ali escritas suas marcas, para que todos possam se lembrar e certificar que o poder somente é poder porque é frágil e constituído, nos moldes republicanos de hoje, apenas para estabelecer governos cujas vaidades são pessoais, passando bem distante dos princípios de honra, honestidade, caráter, democracia plena e devoção aos interesses coletivos.

Como se não bastasse, lá estão vários loteamentos ilegais, extração de areia e pedra, desmatamento, depósito de entulhos, além da desova de cadáveres e depósito de carros roubados. Para tal, a justiça determinou um prazo de dois anos para que o Parque Serra das Areias fosse implantado, isso, a mais de 4 anos e até hoje, nada. Lá, está a mentira oficial, enganando a todos, principalmente, aos que não desejam enxergar, nem mesmo compreender o que é estelionato político, “171” da pior espécie, orquestrado sob a batuta de embromação dissimulada que está por detrás da voz mansa e doce de quem sequer sabe o que assina; sim, isso mesmo. Em certa ocasião, ao ser questionado por dois senhores da mais alta e ilibada reputação moral, em relação ao decreto de expansão do Parque, o Prefeito Maguito Villela, foi surpreendido pela apresentação do decreto que continha sua assinatura, sendo que, minutos antes, garantira a essas pessoas que, caso tivesse assinado algo, “o fez sem saber”. Mas como assim, Prefeito? Não sei que seriedade há, aliás, até duvido que possa existir, afinal, como pode desapropriar terras particulares sem jamais dar uma satisfação aos proprietários em relação às indenizações? Aliás, com uma observação gravíssima, só o fez apenas a um empresário do ramo de churrascarias de Goiânia, sendo o valor indenizatório muito superior ao preço real do alqueire na época, que era de 45 mil reais, no entanto, a esse $ortudo, o alqueire foi avaliado e pago no valor de 80 mil reais.

Então, Prefeito Maguito Villela, posso considerar que exista seriedade em uma gestão que privilegia a um em detrimento de outros? 

As terras que foram desapropriadas e que deveriam compor o Parque Serra das Areias estão lá, destinadas ao nada, enfiadas no pinico ao qual o senhor leva a Brasília para pedir dinheiro público, sem tornar a finalidade do Parque uma realidade, mas, apenas, um discurso que desafia a própria lei, tornando-a um instrumento de manipulação e grande mentira, uma farsa pública que necessita ser avaliada pelo Ministério Público de Aparecida de Goiânia, cujo Excelentíssimo Promotor Elvio Vicente da Silva tem conhecimento de tais denúncias que foram feitas a ele no dia 15 de agosto de 2011, em seu gabinete.        

Nada tenho contra o senhor, Prefeito Maguito Villela, mas, em relação a conduta de sua gestão, amparado em fatos reais e documentos, posso garantir que nada tenho a favor, afinal, os que conduzem os interesses coletivos com tamanho descaso são dignos de confiança e respeito?

 

Marcus Fleury Junior é psicólogo e coordenador do Ateliê de Inteligência.

 

 

 

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