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sábado, 26 de janeiro de 2013

Escolinha... E agora , o que vou fazer, qual vou escolher ?








Sei que o momento em que temos que levar as crianças à primeira experiência escolar envolve uma série de dúvidas, medos e preocupações, afinal, o que é mais importante em nossas vidas, nossos filhos, passam a agregar uma nova realidade, sendo essa, indiscutivelmente, inevitável, pois, a educação é o único caminho que possibilitará a verdadeira libertação do ser humano frente à hostilidade das realidades sociais. Mesmo assim, sendo cada um de nós conscientes da responsabilidade quanto a formação de nossas crianças, nos rendemos a uma série de situações novas, entre elas, nos deparar com uma série de “fantasmas”, mitos  e, principalmente, nossas  fragilidades, muitas vezes deslocadas aos nossos pequenos. 

 É perfeitamente compreensível que soframos diante do grande dia em que nossas crianças, uniformizadas, cheirosinhas, de banho tomado, tenham que ser deixadas na escolinha. Quantos são os pais que, repentinamente, descobrem que seus pequenos não corresponderão às ansiedades construídas com base no que não é delas, mas sim, dos próprios adultos?

Claro, cada uma irá manifestar frente a esse novo momento uma reação. Muitas irão até mesmo dizer aos pais “tchau”, outras, irão se agarrar a elas como se fossem ser arrancadas e nunca mais devolvidas, entretanto, se nos preparamos para tantas outras situações da vida, por que não nos estruturarmos para esse momento?  É imprescindível que esse seja um momento ao qual passemos seguranças a elas, pois, se não o fizermos, cada nova necessidade que caminha em direção a realidade das crianças será encarada com muita ansiedade e grande temor.  É imprescindível que manifestemos através de nossos atos sentimentos de afeto aos nossos filhos, mas, nunca devemos confundir afeto com conflitos que possivelmente trazemos desde as nossas infâncias, em virtude, não digo de erros, mas, possivelmente, pouco acesso a informações que hoje circulam cada dia em maior número, felizmente, buscando orientar pais e mães na condução desse primeiro momento que marcará por toda vida as relações de nossos filhos, não apenas na condução do aspecto escolar, mas, diante dos desafios inevitáveis, próprios a cada etapa de suas histórias. Podemos transformá-las em belas ou trágicas, isso dependerá muito de como iremos enfrentar esses momentos que não serão poucos, apenas será um dos primeiros que exigirá uma preparação para o enfrentamento de cada nova etapa inerente ao desenvolvimento infantil.  

Quando nos vemos diante da necessidade em inserir nossas crianças a um processo pedagógico, não devemos fazê-lo por opção, pois, se assim o fizermos, desde cedo estaremos construindo a ideia da educação como uma alternativa, e não como imprescindível necessidade libertária que os formará para que possam desenvolver-se no sentido em definirem, não apenas seus caminhos, mas, de toda a história de uma sociedade.

Ao tomarmos essa decisão, principalmente, em relação aos nossos pequeninos da educação infantil e da pré-escola, é indispensável que façamos uma pesquisa bem detalhada do que realmente estamos buscando em relação as demandas de nossas crianças, priorizando uma escola que esteja adequada as normas que as regem, principalmente, em primeiro lugar, se essas instituições tem registro e licença de funcionamento junto aos órgãos responsáveis, sendo esse, um entre vários critérios que devem ser avaliados pelos pais durante a escolha da escola para seus filhos.

Outros aspectos que devem ser analisados baseiam-se em questões de estrutura da escola, como iluminação e ventilação, asseio, espaço, equipamentos de segurança básica, banheiros adequados, fraldários, brinquedotecas com material adequado a idade, biblioteca.

Além disso, devemos priorizar um corpo pedagógico especializado e atualizado, além de consultores em saúde, nutrição e psicologia, sendo imprescindível que a escola mantenha um convênio com alguma empresa prestadora de serviços em saúde que disponha de toda estrutura como UTI móvel.

Essas observações são de total responsabilidade dos pais, devendo ser a eles oferecidos, por parte da instituição, total liberdade quanto a conhecer o espaço interno da instituição, não colocando restrição a nada.

É necessário compreender se realmente o projeto pedagógico oferecido consta no contrato, bem como, tudo que é oferecido pela instituição, caso contrário, solicite a inserção dos itens, ou, então, caso seja negado, busque outra instituição, pois, se a seu filho não for assegurado esses itens fundamentais, ali não é o seu lugar, nem mesmo, de nenhuma outra criança.

Nessas próximas semanas estarei me dedicando a esse tema, oferecendo aos pais e responsáveis uma discussão quanto a aspectos fundamentais que podem garantir qualidade, não apenas de ensino, mas, principalmente, de vida a nossas crianças, portanto, convido-os a nos acompanhar, às segundas-feiras, aqui no Jornal Diário da Manhã.


Marcus Fleury Junior é psicólogo e coordenador do Ateliê de Inteligência – ateliedeinteligencia@gmail.com



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