Saúde não é balcão de negócios políticos !
Assim,
ao contemplar as propostas de alguns candidatos, me deparo com a estranha tentativa
em, um deles, prometer um plano de saúde cuja cobertura seria para 300 mil usuários,
em uma cidade de mais de um milhão e trezentos mil habitantes, deixando então,
desprovidos e relagados do direito constitucional, um milhão de pessoas, afinal, a Constituição
brasileira, no artigo 196, é bastante clara quanto ao direito à saúde de todos,
sem distinção a quem quer que seja, independente de rendimentos ou quaisquer
outras condições sócio-econômicas.
Passei
da idade em ser suprpreendido, entretando, propostas desprovidas de embasamento
técnico, transformandas em mecanismos de manipulação e engano à sociedade,
devem a todo o momento, serem discutidas, pois, representam além de um grande retrocesso,
um grande crime contra os direitos constitucionais conquistados.
Penso
que, toda tentativa em descaracterizar o SUS, deve ser questionada, afinal, se
nos calarmos, logo estaremos entregando o que é direito de todos, em troca de
políticagens cuja finalidade é transformar, no final das contas, a saúde
pública em um grande balcão de negócios, ou então, num curral eleitoreiro.
Portanto,
o “goiâniamed”, é mais uma dessas tentativas que visam chegar ao nada, afinal,
limita e estabelece condições de classificação por rendimentos, gerando assim,
preconceito e juízo de valores completamente irresponsáveis quanto ao direito
garantido pela constituição, além claro,
de golpear o SUS, que necessita ser fortalecido através de investimentos
e projetos técnicos fudamentados.
Em
relação a esse tal “goiâniamed”, nada se constrói em relação a políticas
públicas estabelecendo diferenciação entre as pessoas, afinal, se é público, é
para todos, independente do rendimento ou qualquer outro fator condicionante.
São
relações fundamentadas na equidade e no respeito à condição do ser humano que
sempre estarão acima de conceituações que promovam preconceito e afastamento de
nossa consciência social.
Outro
aspecto gravíssimo, baseia-se nas promessas em agregar uma rede conveniada de 700 hospitais e
laboratórios sem sequer citar os nomes das instituições.
Também,
segundo promessas, ofereceria 1.400 especialistas conveniados, mas, não cita
nomes e especialidades dos mais de mil médicos que fariam parte desse
“goianiamed".
Um
outro aspecto que não é citado, é de onde viriam os recursos para a implantação
dessa proposta que nada mais é, senão, uma grande manipulaçao política e um grande retrocesso?
A
fundamentação de todos os projetos não baseia-se nas fantasias de meia dúzia de
pessimamente mal informados, ou, mal intencionados, mas, estão calcadas em
estudos ,cujos vieses técnicos, diminuem
a tentativa em transformar a população em massa de manobra para fazer das
relações de poder grandes balcões de negócios.
Marcus
Fleury Junior é psicólogo, pesquisador em educação. Escritor e coordenador do
Ateliê de Inteligência.
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