Rio
mais ou menos 20,
a
soma do engano.
Talvez, o que você
possa compreender quanto ao que eu escrevo, corresponda às suas expectativas,
ou, então, passe bem distante daquilo que possa interessá-lo, entretanto, não posso
fazer das minhas escolhas a oportunidade para agradar a quem quer que seja,
pois, se assim o fizer, torno-me mais o outro e menos o que eu sou. Então,
vamos lá.
Essa conversa de Rio +
20, onde, vários países do mundo se reúnem para um evento “messiânico”, cuja
intenção, passa bem distante de salvar o mundo, resultará em mais um fracasso,
assim como foi o Rio 92, pois, as intenções, quando despidas da máscara da dissimulação,
revelam apenas mais um teatro, onde, encena-se os interesses das políticas de
Estado, inebriadas por alianças e acordos econômicos, estando, você e eu, bem
distantes das reais finalidades dessa manipulação oficial.
Maurice Strong propôs e
presidiu a conferência Rio 92, sendo, à época, um grande entusiasta quanto aos
possíveis resultados do encontro, mas, categoricamente afirma com as próprias
palavras “que não ha muito a celebrar, afinal, o mundo piorou muito desde aquele
encontro até os dias atuais, estando a qualidade de vida do planeta ameaçada e,
consequentemente, toda nossa espécie poderá desaparecer”.
Bom, se temos uma grande
discussão quanto sustentabilidade , biodiversidade e outros temas inerentes à
agenda da Rio + 20, certamente, esse encontro teria que ser feito em Marte,
pois, aqui, logo aqui no Brasil, enquanto o papo rola e nós fingimos que
acreditamos, milhões de litros de esgoto são atirados bem pertinho, na Baía da
Guanabara, basta respirar mais fundo, só mais um pouquinho que possivelmente os
senhores sentirão o odor do descaso, misturado ao escárnio fétido da demagogia
de nossos governantes.
Agora, se o olfato dos senhores
estiver comprometido, que tal, uma leitura sobre o novo código florestal, recém
aprovado? Então, aproveitem, porque, em pouco tempo, nossos rios, todos eles,
poderão estar comprometidos, levando o país a uma grave crise hídrica. A
permissibilidade, em nome de interesses políticos, mais uma vez, colocando a
coletividade embaixo da rampa do planalto para que qualquer um possa pisar
sobre a soberania nacional.
Se assim mesmo a visão
dos senhores estiver comprometida, tentem ouvir o grito que ecoa na Amazônia, pois,
a usina de Belo Monte, que comprometerá parte da floresta Amazônica, além, do
grave crime contra a humanidade, onde, milhares de pessoas estarão
desabrigadas, longe de suas terras, desprovidos de suas histórias e atingidos diretamente
na identidade que tentam, com bravura, defender a custo de arco e flexa.
Possivelmente, esses sejam os poucos brasileiros, que verdadeiramente levam nosso
hino ao pé da letra, quando ele diz: “Mas se ergues da justiça a clava forte, verás
que um filho teu não foge à luta, nem teme, quem te adore, à própria morte”;
afinal, não pensem os senhores governantes que eles irão deixar suas terras para
trás, assim, covardemente. Ali, teremos o palco de um grave conflito social,
com fortes consequências a quem quer ocupar uma cadeira no conselho de
segurança da ONU. Isso aqui realmente é uma grande ambivalência; para não
dizer, uma grande molecagem, com todos nós brasileiros.
Agora, caso, tanto a
visão, quanto o olfato, ou, a audição dos senhores e senhoras + 20 estiverem
comprometidos, recomendo-lhes que chupem cana; claro, se sobrar um gomo aos
senhores, pois, a produção da mesma, destina-se a produção de álcool no Brasil,
devastando a biodiversidade, poluindo e contaminando o solo, a qualidade do ar
e, consequentemente, a capacidade respiratória das pessoas que moram em cidades
próximas.
Bom, se todos os
sentidos acima descritos estiverem comprometidos, sugiro então, que, afaguem
aquele que destrói o Irã, e que somente aqui está com o objetivo em fazer média
de bom amigo, para obter futuramente urânio e colocar em prática o programa nuclear
iraniano. O mesmo, promete varrer o Estado de Israel do mapa e comprometer a
paz mundial. Então, resta o tato, para que os senhores sintam na pele a morte
de nossa própria espécie.
Marcus Antonio
Britto de Fleury Junior é psicólogo e um dos coordenadores do Ateliê de Inteligência.
ateliedeinteligencia@gmail.com
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