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sábado, 9 de junho de 2012

Uma "coisica" mais ou menos assim.




Uma “coisica” mais ou menos assim



Não me perco em discusões ideológicas. Nelas, cada um, sempre acreditará em suas versões ou crenças para defender seus princípios, suas “verdades” e suas éticas. Aliás, se os parâmetros éticos estiverem acima do entendimento crítico quando os critérios forem de interesse coorporativista, sobrepondo-se às necessidades coletivas, que  a moral e a ética sejam jogadas na lata de lixo, assim, como muitos fazem com milhares de vidas que estão por detrás das celas de uma cadeia, ou, nas filas de um hospital público, ou mesmo, nas masmorras do cárcere emocional, local esse, onde os olhos de muitos políticos jamais conseguiram conceber suas responsabilidades pelo caos psicosocial.

Estamos vivendo um período onde, os discursos que saem  à boca, nada mais são, senão, a projeção deliroide de quem nada faz, nada sente, nada sabe, ou, nunca viu, entretanto, o que  conhecem muito bem, com auxílio das estratégias em enganar as pessoas, é  como fazer para perpetuar as piores intenções sem que se importem com o preço que será pago, afinal, a conta será debitada sobre as costas de mais de 150 milhões de pessoas.

Vamos, esfreguem suas ideologias, seus partidarismos, suas crenças sobre o nosso suor, sobre nosso sangue e nossa honra. Tentem nos transformar nos fantoches a serem usados diante das câmeras para milhares de miseráveis que arrastam-se na mais profunda falta de oportunidade. Contem as verdades que necessitam e fingiremos que fomos enganados. Coloquem-nos numa caixinha, numa “coisica’ assim e promovam a gargalhada do escárnio, no teatro da perversidade, onde as leis tem carta marcada e  nós, a data marcada para sermos, a cada quatro anos, esquecidos e relegados à ignomínia.

É compreensível o motivo de tanto escárnio, afinal, suas crenças, ideologias e companheiros se protegem, da mesma forma como definem o código de ética do crime, onde compactuar, calar, se esquecer e não saber constituem as palavras que garantem uma sobrevida longa a celebrados malandros que, de seus hotéis, palácios, iates, escritórios, gabinetes e empreiteiras contam cada milhão com galhardia, diferentemente, daqueles que nos semáforos pedem com a vergonha estampada no rosto, alguns centavos para que não morram de fome.   

Quando as tramas políticas misturam-se nas figuras desacreditadas, por fazerem do Estado a empresa coorporativa mais rentável do mundo para suas vidas pessoais, então, concluímos, que o poder  só é poder porque atende, até mesmo, com o uso da força bruta, os interesses dos senhores e senhoras que, ao manipular as relações de Estado, transformam as necessidades sociais em interesses pessoais, com cifras e tudo mais.   

Quando uma pessoa consegue enganar toda nação com o discurso da moralidade, da lisura, da ética e, até mesmo, convence a muitos da necessidade quanto a implantação de políticas hostís a depentes químicos, e tem sua máscara arrancada, então, concebemos o quanto tudo isso que aí está pode ser um grande perigo a todos nós.

Quando o desejo de vingança e das piores intenções de quem encontrou motivos para destruir um desafeto, assume contornos que comprovam questões pessoais, desprezando o respeito que os senhores deveriam ter a todos nós, pois nem em nossas casas desejamos escâdalos, é hora, então, de cobrarmos um pouco mais de consideração, afinal, nossa dignidade não está nas jogatinas, nem nas articulações de poder, nem nas facilidades ou outras tantas sacanagens, mas sim, no pesado dia-a-dia, onde, milhares de brasileiros enfrentam as piores condições de transporte público para que possam cumprir com suas jornadas de trabalho, afim de que, a todas manhãs, lá esteja “o pão nosso de cada dia”.



Marcus Antonio Britto de Fleury Junior, Psicólogo, é um dos coordenadores do Ateliê de Inteligência, e do Programa preventivo e resignificativo, dirigido a crianças e adolescentes no cotidiano social, escolar e familiar.

ateliedeinteligencia@gmail.com






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