Uma "coisica" mais ou menos assim.
Uma “coisica”
mais ou menos assim
Não me perco em discusões ideológicas. Nelas, cada um,
sempre acreditará em suas versões ou crenças para defender seus princípios,
suas “verdades” e suas éticas. Aliás, se os parâmetros éticos estiverem acima
do entendimento crítico quando os critérios forem de interesse coorporativista,
sobrepondo-se às necessidades coletivas, que
a moral e a ética sejam jogadas na lata de lixo, assim, como muitos
fazem com milhares de vidas que estão por detrás das celas de uma cadeia, ou,
nas filas de um hospital público, ou mesmo, nas masmorras do cárcere emocional,
local esse, onde os olhos de muitos políticos jamais conseguiram conceber suas
responsabilidades pelo caos psicosocial.
Estamos vivendo um período onde, os discursos que
saem à boca, nada mais são, senão, a
projeção deliroide de quem nada faz, nada sente, nada sabe, ou, nunca viu,
entretanto, o que conhecem muito bem,
com auxílio das estratégias em enganar as pessoas, é como fazer para perpetuar as piores intenções
sem que se importem com o preço que será pago, afinal, a conta será debitada
sobre as costas de mais de 150 milhões de pessoas.
Vamos, esfreguem suas ideologias, seus partidarismos,
suas crenças sobre o nosso suor, sobre nosso sangue e nossa honra. Tentem nos
transformar nos fantoches a serem usados diante das câmeras para milhares de
miseráveis que arrastam-se na mais profunda falta de oportunidade. Contem as
verdades que necessitam e fingiremos que fomos enganados. Coloquem-nos numa
caixinha, numa “coisica’ assim e promovam a gargalhada do escárnio, no teatro
da perversidade, onde as leis tem carta marcada e nós, a data marcada para sermos, a cada
quatro anos, esquecidos e relegados à ignomínia.
É compreensível o motivo de tanto escárnio, afinal, suas
crenças, ideologias e companheiros se protegem, da mesma forma como definem o código
de ética do crime, onde compactuar, calar, se esquecer e não saber constituem
as palavras que garantem uma sobrevida longa a celebrados malandros que, de
seus hotéis, palácios, iates, escritórios, gabinetes e empreiteiras contam cada
milhão com galhardia, diferentemente, daqueles que nos semáforos pedem com a
vergonha estampada no rosto, alguns centavos para que não morram de fome.
Quando as tramas políticas misturam-se nas figuras
desacreditadas, por fazerem do Estado a empresa coorporativa mais rentável do
mundo para suas vidas pessoais, então, concluímos, que o poder só é poder porque atende, até mesmo, com o
uso da força bruta, os interesses dos senhores e senhoras que, ao manipular as
relações de Estado, transformam as necessidades sociais em interesses pessoais,
com cifras e tudo mais.
Quando uma pessoa consegue enganar toda nação com o
discurso da moralidade, da lisura, da ética e, até mesmo, convence a muitos da
necessidade quanto a implantação de políticas hostís a depentes químicos, e tem
sua máscara arrancada, então, concebemos o quanto tudo isso que aí está pode
ser um grande perigo a todos nós.
Quando o desejo de vingança e das piores intenções de
quem encontrou motivos para destruir um desafeto, assume contornos que
comprovam questões pessoais, desprezando o respeito que os senhores deveriam
ter a todos nós, pois nem em nossas casas desejamos escâdalos, é hora, então, de
cobrarmos um pouco mais de consideração, afinal, nossa dignidade não está nas
jogatinas, nem nas articulações de poder, nem nas facilidades ou outras tantas
sacanagens, mas sim, no pesado dia-a-dia, onde, milhares de brasileiros
enfrentam as piores condições de transporte público para que possam cumprir com
suas jornadas de trabalho, afim de que, a todas manhãs, lá esteja “o pão nosso
de cada dia”.
Marcus
Antonio Britto de Fleury Junior, Psicólogo, é um dos coordenadores do Ateliê de
Inteligência, e do Programa preventivo e resignificativo, dirigido a crianças e
adolescentes no cotidiano social, escolar e familiar.
ateliedeinteligencia@gmail.com
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home