Se o amor falhou, não se preocupe...
Se o amor falhou, não se preocupe... Você pode tentar sempre mais vez! (Parte II)
Quantas foram as vezes que você afirmou para si mesmo que seria a última vez que amaria daquela forma? Isso realmente é um insigth, uma afirmação extrememente precisa, pois, caso se prontifique amar da forma que sempre amou, obterá os mesmos resultados e fará de sua estada, nos resorts do sofrimento, um endreço fixo, onde, somente novos protagonistas encenarão a sua peça da desgraça existencial, semeando as velhas limitações, intransigências e chatices que o levam a transferir e projetar a continuidade de tudo que já viveu.
Aí então, estrutura-se a percepção errônea em acreditar que as relações atuais que estão sendo vividas, fundem-se naquilo que já foi vivido. Grande engano, grande atendado contra si e, mais ainda, contra o próximo.
Aí então, incorrem nas frases frívolas e sem nenhum fundamento, pois, muitas vezes, numa grande parte delas, rompe-se um relacionamento, mas, vedadeiramente, ainda o mantém por vários anos, ou, até mesmo, por grande parte da vida, arrastando-o para várias vidas, várias camas, vários tribunais, vários velórios e cemitérios.
Quantos são os que se enterram sem que jamais tenham conseguido sepultar vários sentimentos que deixaram para trás? Quantos foram sepultados pelo mal que mantiveram dentro de si, como se a mágoa e o ressentimento fossem resultantes do ódio, entretanto, nada mais foram, senão, o resultado das piores formas em amar quando não se consegue desamar.
Vou refazer a mesma pergunta que ateriormente fiz: Quantas foram as vezes que você afirmou para si mesmo que seria a última vez que amaria daquela forma?
A frase está corretíssima, afinal, só se é possivel desfrutar o amor caso consigamos transformar nosso olhar em relação ao mesmo, pois, cada relaciomamento que nos permitimos viver requer uma identidade própria, construída a partir das expectativas de cada uma das partes que formam o relacionamento.
É necessário que nos depojemos, não levando aos novos relacionamentos as pessoas com quem nos relacionamos no passado. Quais são as circusntâncias onde transformamos novos relacionamentos nas angústias que não pudemos atender em outros relacionamentos? Quantos são os que transferem para os que com eles vivem, um conjunto de leviandades do passado? Culpas, cobranças, desconfianças e tantos outros traumas mal tratados. Um verdadeiro depósito de lixo emocional, cujo, fétido odor, contamina um enorme grupo de pessoas, destituindo o caráter da singularidade das relações, pertinentes ao amor, em mera ilusão.
O mais interessante é que somos nós mesmos, por uma conduta antropomórfica e tribal, que agregamos dezenas de pessoas às nossas vidas, amarrando-as, quase que aos pés de nossas camas, afim de comprometé-las com a perpetuação do rito. Não? Ah, então me respondam para que servem os padrinhos, testemunhas, damas de honra, pajes e outros arquétipos que povoam as relações? Nada mais são, ao desconstruirmos nossa afeição pelos mesmos, senão, testemunhas daquilo que utilizamos para que sejamos lembrados e nos sintamos socialmente cobrados.
Tudo isso, uma estratégia de “caso pensado”, afinal, nosso inconsciente, apenas coloca as peças à disposição da tal razão, que, por sua vez, sujeita-se organiza-las transformarndo vínculos em frágeis formas de convivência e alianças que, ao romperem-se, geram grandes conflitos e profundas marcas.
Assim mesmo, quantas tentativas em amar produzimos e forjamos antes que nos desfizéssemos dos relacionamentos que encerram-se? Não dá para viver a crença que amar é uma coragem, um ato necessário num mundo que refuta a solidão, mas a vive muitas vezes a dois. Isso é fuga e o prenúncio dos fracassos afetivos.
Diante de nossos fracassos, quais são então os nossos recursos? Acusar uma infinita lista de pessoas, responsabilizando-as por aquilo que é individual?
Um ato de coragem é caminhar por diante da própria vida, buscando conhecê-la na intimidade sem que cobremos dos outros as responsabilidades que são pessoais. Então, é necessário que nos conheçamos e aprendamos que, no campo do amor, vivemos o que estruturamos.
Não dá para entrar sangrando na casa de quem quer que seja; O lugar certo não é uma vida para ser feliz, mas a prórpia vida para viver a intensa felicidade, assumindo-se como potencial autor a reescrever sua própria história e a de mais ninguém. Quem acredita que irá mudar a vida de outrem, nada mais fará, senão, destruí-la e destruir-se a si próprio.
Essa é uma responsabilidade pessoal, e você é o único depois de conhecer seus mares, seus oceanos, sua ilhas, suas geleiras e desertos, que aproximar-se-a dos oásis existenciais e neles consiguirá estruturar modelos próprios de relacionamentos, sempre permeados pelo respeito a si e ao próximo, fazendo-se autor da relação e não tutor de um grande mal.
Portanto, não é o amor que falhou, ele continua em sua configuração agregando as propostas que cabe a um de nós desenvolver e aprimorar.
Agora, quando nós nos assumimos diante do que não deu certo, acrescentamos ao ato de viver a condição em existir, sempre prontificando-nos a tentarmos mais uma, duas ou quantas vezes forem necessárias, exaltando, assim, a capacidade da superação, onde, transformamos os significados preparando-nos sempre para o melhor a ser vivido a seu tempo.
Marcus Antonio Britto de Fleury Junior, Psicólogo e um dos coordenadores do Ateliê de Inteligência e do Programa preventivo e resignificativo, dirigido a crianças e adolescentes no cotidiano escolar e familiar.
ateliedeinteligencia@gmail.com
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home