Ando devadar por que já tive pressa.
“Ando devagar por que já tive pressa e trago esse sorriso por que já chorei demais”
Renato Teixeira
Quando destituímos os valores desse mundo contemporâneo e decidimos reestabelecer o que pode ser melhor às nossas vidas, rompemos com as necessidades que satisfazem não apenas aquilo que hoje é próprio em seu vazio, mas , desinvestimos nossas energias naquilo que nos rouba de nós mesmos, fazendo-nos renunciar o desafio que é contrapor aquilo que não há consenso,afinal, quando nos esquecemos em meio a multidão no tornamos apenas um elemento em uma massa amorfa que cumpre a finalidade em enterrar vários outros elementos, cujos nomes, foram até por eles mesmos esquecidos no apagar de suas histórias,diante do anular-se em meio as estradas onde a fuga torne-se o caminho que leva a proximidade da morte e a uma aliança com o adoecer, fazendo assim, com nós mesmos a direção em ser o outro e perdendo as referências daquilo que necessitamos ser. Precisamos de nós mesmos,necessitamos de nossos desertos para que no amanhã saibamos do valor do hoje e da importância daquilo que foi estabelecido no ontem,afinal,cada parte de nossa história tem o melhor que foi vivido em sua época,mesmo que o melhor encontre-se naquilo que possa parecer que nada foi feito,entretanto, cada passo torna-se uma forma em nos reaproximarmos do que necessitamos ser.
Os valores do hoje estão calcados na velocidade daquilo que é conquistado ou perdido, sendo o homem,cada vez mais um instrumentos para os meios, invertendo assim os papéis, deixando que as finalidades do sistema nas relações de poder, nas técnicas e artimanhas abandonem o SER HUMANO como apenas uma referência para um lápide solitária,cujo túmulo,foram enterrados não pessoas , mas sonhos. Estamos diante de uma apressada e confortável sociedade, onde , cada conquista está embasada no ritmo em que todos caminham ,entretanto, lamentavelmente,o mesmo não gerará pessoas que conquistem a si mesmas, mas qua as faça afastar-se delas mesmas, buscando no outro as razões que estão em si,porém, diante da fragilidade e do abandono é mais cômodo abandonar-se , projetando e deslocando às pessoas vivências pessoais.
Na pós-contemporaneidade o processamento de dados, impele que acompanhemos um ritmo de informações cada vez menos próprio ao nosso , sobrecarregando dessa maneira nosso córtex e alterando promovendo experiências continuamente superficiais em relaçao aos nossos sentimentos e emoções,gerando assim, uma intensa vulnerabilidade, fazendo-nos, cada vez mais, imersos a velozes alterações de humor e as mais variadas formas de ansiedade. Acompanhamos a revolução tecnológica entretanto, continuamos nas etapas mais primitivas,fazendo aos nossos medos e solidão, companhia as pedras que não acendem mais nehuma chama para nos retirar da escuridão de nossas próprias cavernas emocionais, onde, nem mesmo recursos confortáveis do modernos designs e da mais aconchegante arquitetura consegem aplacar o auto- abandono e o desconforto da angústia que sufoca e “aperta o peito”.
A sociedade está rendida a pressãos em apresentar resultados as mais variadas formas de cobranças sociais, desejando a todo tempo ser o melhor que se é exijido, mesmo que para isso seja necessário,fazer da impaciência,novos modelos de valores denominados de dinamismo, agressividade de mercado e outras formas em justificar diante das novas fachadas criadas, o mais intenso compulsivo, cuja infelicidade, finge aplacar ,suas agruras existenciais remetendo-se como forma em aliviar-se as práticas de consumo, cuja ambivalência, motivadas por rápidas experiências de prazer, aliadas aos fortes componentes de culpa e auto-acusação desencadeiam as mais diversas manifestações de uma sociedade, cuja pandemia não reside apenas no crack,entretanto, está dentro das lojas com suas “sacolas mágicas”, dentro de agências de automóveis sentados no conforto e na velocidade cada vez mais elevada para que possam fugir velozmente de si mesmos,estão nos balcões das famácias, estão na tecnologia virtual para que possam estabelecer sues métodos de controle sobre o desprazer apertando um tecla seja para mudar o canal ou então desconectar-se daquilo que não se sujeita como possibilidade em tornar-se autor de sua história, caminhante rumo ao grande encontro com aquilo que se é ,sabendo que aquilo que se é, torna-se o primeiro passo para possamos romper nossas fragilidades sejam elas quais forem.
Estando diante de épocas comemorativas, tanto a páscoa judaica, quanto a cristã, há um ambiente para que repensemos nosssos papéis, fazendo-nos os grandes motivos para abandonarmos o “Egito” que há em nossos sentimentos, esses, que nos fazem escravos da mais tiranas exigências que nós mesmos criamos , bem como, promovermos a ressureição das capacidades em resignificarmos o sentido de cada um dos detalhes que outrora crucificava,por isso, é necessário andar devagar diante dos tropeços proporcionados pela pressa, resgantando assim a capacidade em sorrir, por um dia ter chorado demais
Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo , coordenador do programa de prevenção a depressão e do grupo de estudos Michel Foucault do Ateliê de Inteligência. ateliedeinteligencia@gmail.com
Renato Teixeira
Quando destituímos os valores desse mundo contemporâneo e decidimos reestabelecer o que pode ser melhor às nossas vidas, rompemos com as necessidades que satisfazem não apenas aquilo que hoje é próprio em seu vazio, mas , desinvestimos nossas energias naquilo que nos rouba de nós mesmos, fazendo-nos renunciar o desafio que é contrapor aquilo que não há consenso,afinal, quando nos esquecemos em meio a multidão no tornamos apenas um elemento em uma massa amorfa que cumpre a finalidade em enterrar vários outros elementos, cujos nomes, foram até por eles mesmos esquecidos no apagar de suas histórias,diante do anular-se em meio as estradas onde a fuga torne-se o caminho que leva a proximidade da morte e a uma aliança com o adoecer, fazendo assim, com nós mesmos a direção em ser o outro e perdendo as referências daquilo que necessitamos ser. Precisamos de nós mesmos,necessitamos de nossos desertos para que no amanhã saibamos do valor do hoje e da importância daquilo que foi estabelecido no ontem,afinal,cada parte de nossa história tem o melhor que foi vivido em sua época,mesmo que o melhor encontre-se naquilo que possa parecer que nada foi feito,entretanto, cada passo torna-se uma forma em nos reaproximarmos do que necessitamos ser.
Os valores do hoje estão calcados na velocidade daquilo que é conquistado ou perdido, sendo o homem,cada vez mais um instrumentos para os meios, invertendo assim os papéis, deixando que as finalidades do sistema nas relações de poder, nas técnicas e artimanhas abandonem o SER HUMANO como apenas uma referência para um lápide solitária,cujo túmulo,foram enterrados não pessoas , mas sonhos. Estamos diante de uma apressada e confortável sociedade, onde , cada conquista está embasada no ritmo em que todos caminham ,entretanto, lamentavelmente,o mesmo não gerará pessoas que conquistem a si mesmas, mas qua as faça afastar-se delas mesmas, buscando no outro as razões que estão em si,porém, diante da fragilidade e do abandono é mais cômodo abandonar-se , projetando e deslocando às pessoas vivências pessoais.
Na pós-contemporaneidade o processamento de dados, impele que acompanhemos um ritmo de informações cada vez menos próprio ao nosso , sobrecarregando dessa maneira nosso córtex e alterando promovendo experiências continuamente superficiais em relaçao aos nossos sentimentos e emoções,gerando assim, uma intensa vulnerabilidade, fazendo-nos, cada vez mais, imersos a velozes alterações de humor e as mais variadas formas de ansiedade. Acompanhamos a revolução tecnológica entretanto, continuamos nas etapas mais primitivas,fazendo aos nossos medos e solidão, companhia as pedras que não acendem mais nehuma chama para nos retirar da escuridão de nossas próprias cavernas emocionais, onde, nem mesmo recursos confortáveis do modernos designs e da mais aconchegante arquitetura consegem aplacar o auto- abandono e o desconforto da angústia que sufoca e “aperta o peito”.
A sociedade está rendida a pressãos em apresentar resultados as mais variadas formas de cobranças sociais, desejando a todo tempo ser o melhor que se é exijido, mesmo que para isso seja necessário,fazer da impaciência,novos modelos de valores denominados de dinamismo, agressividade de mercado e outras formas em justificar diante das novas fachadas criadas, o mais intenso compulsivo, cuja infelicidade, finge aplacar ,suas agruras existenciais remetendo-se como forma em aliviar-se as práticas de consumo, cuja ambivalência, motivadas por rápidas experiências de prazer, aliadas aos fortes componentes de culpa e auto-acusação desencadeiam as mais diversas manifestações de uma sociedade, cuja pandemia não reside apenas no crack,entretanto, está dentro das lojas com suas “sacolas mágicas”, dentro de agências de automóveis sentados no conforto e na velocidade cada vez mais elevada para que possam fugir velozmente de si mesmos,estão nos balcões das famácias, estão na tecnologia virtual para que possam estabelecer sues métodos de controle sobre o desprazer apertando um tecla seja para mudar o canal ou então desconectar-se daquilo que não se sujeita como possibilidade em tornar-se autor de sua história, caminhante rumo ao grande encontro com aquilo que se é ,sabendo que aquilo que se é, torna-se o primeiro passo para possamos romper nossas fragilidades sejam elas quais forem.
Estando diante de épocas comemorativas, tanto a páscoa judaica, quanto a cristã, há um ambiente para que repensemos nosssos papéis, fazendo-nos os grandes motivos para abandonarmos o “Egito” que há em nossos sentimentos, esses, que nos fazem escravos da mais tiranas exigências que nós mesmos criamos , bem como, promovermos a ressureição das capacidades em resignificarmos o sentido de cada um dos detalhes que outrora crucificava,por isso, é necessário andar devagar diante dos tropeços proporcionados pela pressa, resgantando assim a capacidade em sorrir, por um dia ter chorado demais
Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo , coordenador do programa de prevenção a depressão e do grupo de estudos Michel Foucault do Ateliê de Inteligência. ateliedeinteligencia@gmail.com
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