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sábado, 22 de janeiro de 2011

Atentado contra a cultura e história judaica





Quando a história passa a ser modificada conforme o interesse das instituições, compreendemos que a mesma nada mais é, senão, um grande e hipócrita acordo que visa efetivar as mais medíocres intenções, sendo tais, dotadas de resoluções secretas, cujos interesses amparam-se nos objetivos que desejam, de forma sutil e completamente dissimulada, porém, elevadamente tirana, enfraquecer as identidades das culturas, para que, num golpe, após tantos outros, possam tentar justificar o injustificável, sendo esse, o argumento daqueles que engendram sob a superfície das sutis aparências as mais cruéis intenções.

Assim, buscando descaracterizar a cultura Judaica, numa baixa e medíocre interpretação, a Unesco, que deveria ser responsável pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, pretende conceder ao Islamismo, que surgiu 600 anos D.C, o domínio sobre o Túmulo de Rachel, jogando sobre 5771 anos de história Hebraica, todo o ódio e intolerância anti-semita que hoje traz a ascensão de uma nova política de perseguição a cultura, bem como, a história do Judaísmo, colocando os interesses, todos eles, em consonância aos objetivos revisionistas propostos por Ahmadinejad, cuja fala, vocifera o hálito fétido, próprio dos canalhas, ao negar o abominável holocausto implantado por seu companheiro de psicopatia Adolf Hitler, que vitimou 6 milhões de Judeus.

A história desse patrimônio pertencente à cultura Judaica teve início diante do confronto entre a dor e da alegria, quando Rachel, ainda muito jovem, durante o trabalho de parto, em plena caminhada em direção a Hevron, fora recolhida pelo Eterno, deixando recém-nascido Benjamim e Yossef (José), com sete anos de idade, além dos outros 10 filhos de seu marido. Tal fato se deu no ano de 1553 A.E.C.(antes da era cristã), em uma estrada deserta, nas proximidades de Bethlehem(Belém), sendo erigido nessa data, em meio as lágrimas de Yaacov(Jacó) e seus filhos que se compadeciam diante da grande tristeza em ver o pai, ali, naquele momento, enterrar aquela que era sua idealização de amor.

Nesse instante, cada um de seus filhos, com exceção de Benjamim, que havia acabado de nascer, colocou sobre o túmulo uma pedra sobre a outra, sendo a última, colocado pelo Patriarca Yaacov(Jacó).

Yacoov, ali enterrara a terceira motivado por uma revelação que tivera, sendo que, após mais de mil anos, precisamente em 423 AED (antes da era cristã), pelo mesmo caminho passariam judeus e seus descendentes na mais profunda angústia, levados cativos para serem escravos em Babilônia.

A caminho do exílio, justamente pela estrada onde estava enterrada a matriarca, (segundo o profeta Jeremias, que viveu essa dolorosa travessia rumo a Babilônia), D-US escutou o choro e viu as lágrimas de Rachel, que pranteava pelos filhos de Israel que caminhavam em direção a uma das etapas de maior angústia para o povo Judeu. Então, segundo o profeta, D-US disse: “Refreia a tua voz de chorar, afasta teus olhos das lágrimas, pois, tua obra tem sua recompensa e teus filhos retornarão a sua terra”. Anos mais tarde, voltaram todos os filhos de Israel do cativeiro (Jr,31:14).
A primeira pessoa a fazer orações no túmulo da matriarca Rachel foi justamente seu filho Yoosef(José), aos 16 anos de idade, quando foi vendido por seus irmãos mais velhos para ser escravo no Egito. Quando estava sendo levado pelos que o compraram, ele conseguiu desvencilhar-se de seus captores até o túmulo da mãe e gritou por ela: “Mãe, minha mãe, que me deu à luz, acorde, levante e veja meu sofrimento.” “Não temas,” ele ouviu a mãe responder. “Vá com eles, e D’us estará com você”.
Até 1840, o túmulo da matriarca Rachel era apoiado por quatro vigas e dispunha de uma pequena cúpula, até que em 1841, Sir. Moses Montefiore e sua esposa acrescentaram paredes à cúpula, e uma ampla sala que pudesse abrigar ali os visitantes.

Em 1948, os judeus foram proibidos pelos jordanianos que assumiram o controle da área, em não mais visitar o túmulo da matriarca, e através de uma estratégia em cercear por definitivo o direito dos Judeus quanto a viver e compartilhar com seus descendentes sua história e seus tradições, foi construído pelos árabes ao redor do túmulo um cemitério, e Bethlehem(Belém) se expandiu tanto, que o patrimônio ficou na parte central da cidade.

Em 1967, após a vitória israelense, na guerra dos Seis Dias, em 1967, o túmulo foi reaberto aos filhos de Rachel e por mais de trinta anos, até a primeira intifada, os Judeus puderam, livre e tranquilamente, freqüentar o Patrimônio Histórico Judaíco. Entretanto, em 1996, após a primeira intifada, cuja insegurança impôs a todos, pela violência ali praticada, que Israel construísse duas grandes muralhas, com duas torres em volta do túmulo, com duas torres com guaritas, objetivando proteger os que ali fazem suas visitas e orações dos tiros que outrora eram disparados em direção aos que buscavam, não apenas a visitação histórica, mas a inspiração na grande e abnegada mulher aguerrida nos propósitos do amor, da família, da transformação e do milagre, afinal, era estéril e no exercício da fé conseguiu engravidar, gerando Yoosef e Benjamim (O filho da felicidade).

Hoje, depois de 5771 anos, mais uma vez estamos presenciando a Unesco, num golpe baixo contra a Cultura Judaica, negociar o que não pertence a instituições, mas sim, às famílias e a todos os judeus, incitando o ódio e acirrando a difícil relação entre judeus e árabes, entretanto, é necessário lembrar que a Mesquita de Al- Aqsa, está na cidade de Jerusalém, onde nenhum Islâmico é privado em fazer suas orações, nem tampouco, é reivindicada como patrimônio Judaico.

A Unesco e suas conclusões tendenciosas poderão gerar um grave conflito, além disso, toda tentativa em desconstruir a identidade Judaica sempre fracassou, pois, seja onde for, judeus e Bnei Anussins sempre estarão prontos para manter os aspectos Culturais e Históricos de um povo, cuja marca é a resistência, a fé e a felicidade.
Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo, Bnei Anussin, Coordenador do Programa de prevenção a depressão e do Grupo de estudos Michel Foucault, do Ateliê de Inteligência. (ateliedeinteligencia@gmail.com)

1 Comentários:

  • Caro amigo Marcus Fleury,

    Que D'us na sua infinita misericórdia e amor, conceda a você muita paz e muitos anos de vida, para que você possa ver a Poderosa Mão de D'us, destruir nossos inimigos e nos restituir aquilo que nos foi tomado pela força, ou da espada ou do papel. E te digo mais, ainda neste século, todas as fronteiras de Israel serão retomadas ao seu estado original assim como foi determina por D'us, e o Templo será reconstruído não pela vontade do homem e nem das nações, mas pela vontade do Eterno que vive para sempre e fará cumprir sua palavra a contento e no tempo certo!

    Shalom Aleichem!

    Clayton Nesher

    Por Blogger Clayton Leite Rodrigues, às 17 de outubro de 2011 às 04:50  

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