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terça-feira, 20 de outubro de 2009


O Estado ao insurgir-se nos conflitos urbanos, sempre utilizando dos mesmos métodos que as facções criminosas esquece-se dos aspectos fundamentais que,se observados,revelam a derrota e o fracasso estratégico quanto a ineficiência das políticas públicas , revelando assim , o acirramento dos combates, pois, o foco que deveria concentrar-se na maior parte dos habitantes das comunidades, denominadas favelas, desvia-se para ações que fomentam a violência como linguagem reproduzida das demais relações de poder, levando-nos vislumbrar duas organizações, ambas, minoritárias em relação as milhares de pessoas que diz representar, apresentando como resultado final o encarceramento que nos faz reféns e, ao mesmo tempo, objetos dessa política do Estado moderno que, vestido de púrpura, sob o encantamento das vestes ideológicas, nada mais é que normatizador e disciplinador, principalmente tratando em nos tornar submetidos as diversas formas de coerções, manipulando a cada momento o indivíduo, capturando-o num esquema de poder que “os esquadrinha, os desarticula e os recompõe” , fazendo-os ampliar suas capacidades produtivas, promovendo a extorsão de suas forças e fazendo-os apresentar “uma docilidade” e utilidade aos interesses desses Estados, dessas organizações.
M.Fleury

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