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domingo, 21 de setembro de 2008

O luto daquilo que já foi sepultado.

O discurso do “tudo posso mas nada assumo” está em alta, em plena evidência e exposto aos que desejam observa-lo, analisa-lo, investigá-lo, ou então, deles sorver a morte que trazem em suas mensagens, afinal, estabelecem a imposição das construções de expectativas, constituindo assim, o assassínio da “verdade” que tentam ressuscitar , entretanto, ela está “morta” e, se avaliarmos historicamente, a mesma tem seu tempo de vida muito curto , afinal, o que concebemos por “verdade” está fundamentado em um conjunto estruturado através da linguagem e outras formas que anunciam e impõem um conjunto de valores que sustentam temporariamente por intermédio do pragmatismo , dogmas e conceitos que, submetidos ao caos, apresentam a intencionalidade expondo a tirania dos interresses, hoje, em muitos momentos fundamentados como valores éticos.A ética é um convite a discussão ,afinal, a quem ela serve? Quais são as “verdades” que a mantêm ?

Ao estabelecermos análises quanto aos fenômenos , perguntamos: Para que serve o pensamento científico? Seria necessário apenas explicar todas situações sem estabelecer a desconstrução? Até que ponto compreender sobrepõem-se ao transformar e ao reconstruir ? Até onde refutamos o caos perpetuamos as farsas que são mantidas em troca de um pouca mais disso ou daquilo? O que desejamos fazer de nossas histórias se não sabemos quais são as nossas estórias? Até que ponto as máscaras iram se manter intactas em meio aos que por inteiro violaram-se ?

Qual é a verdade que você tem de sua própria existência depois que torna-se observável que a mesma está sem “verdades”, pois, as suas, se vistas imparcialmente não lhe pertencem, mas sim , geram aos dominadores das emoções , escravagistas dos sentimentos que arregimentam todos os dias através um número maior de faces onde estão contidos o desespero explicito e não aceito.

Assim, ao nos depararmos com os fatos contidos na excepcional matéria veiculada no DIÁRIO DA MANHÃ,ontem, 16/09/2008, cujo tema é: AS DROGAS VENCERAM. Nos vemos nesse momento completamente nus,pois, as propostas que até hoje foram feitas como caminho perfeito, ruíram e,juntamente, às “verdades” anunciadas estão hoje vivendo o luto daquilo que a muito tempo já foi sepultado.

Muito bom, quando pensamos onde ficam as ciências e o pensamento epsitemologico.Melhor ainda é quando pensamos onde estão as religiões com suas saídas multicoloridas e “verdades” libertadoras.Mais interessante é onde ficam as “verdades” constituídas por um Estado que ainda acredita ser o detentor do poder, que estabelece o controle punitivo vestido de discursos repletos de “razões”que dilaceram os corpos daqueles que carregam dores e conflitos tão intensos que não buscam nenhuma “verdade”,afinal,estar assim prediz ter um dia acreditado em um monte delas e ter ser perdido nas mesmas.

“Enquanto meus lábios se calaram, meus ossos se secaram e a angústia de mim se apoderou aumentando assim a minha dor”. (Salmo 39 verso 2).

Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo psicossomaticista e Coordenador do Ateliê de Inteligência.

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