As catastófes percorrem as ruas
Nelas as imagens de suas vítimas
Fazem de nossos olhos as janelas do factídico.
Factidico que nos negamos ver ,
Factídico que disfarçamos não viver.
O medo se mistura com as ruas
As ruas se enfraldam de nossos medos.
Medos que de tão intensos,
põem fim a outras vidas
na “heróica” tentativa em ser
herói em alguma coisa
que nem se sabe o que é.
Mas os Heróis percorrem as ruas
Nelas, moram os heróis.
Suas faces revelam todos os sentimentos
que encontram-se escondidos dentro das casas
no fundo escuro dos quartos,
como se tentassem voltar aos úteros
e, caso voltassem , pediriam
clamariam,supliciariam pelo
morto que vive nesse tão extenso pesar
assistido nesse tão catatônico olhar.
As casas de nossos heróis
tem como telhados as marquises
e como “proteção” a truculência do aconchego perverso dos coturnos
e, como “afago”, cacetetes impostores da autoridade paterna
que dão continuidade à castração promovendo
no silêncio da dor o deslocamento do anímico
que em defesa da integridade de sues impulsos
acabam um dia no castigo imposto pela lei
no fundo de uma cela que para si não é tão fria.
Marcus Antonio Britto de Fleury Junior
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