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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

JESUS - O DASEIN- O SER EM SI . L A N Ç A M E N T O .

RESERVE ANTECIPADAMENTE O LIVRO QUE FALA DO QUE SOMOS PARA NÓS MESMOS.

JESUS : - O DASEIN - O SER EM SI-

LANÇAMENTO : MARÇO DE 2008




Há a narrativa onde Jesus sobe ao monte, lá passa quarenta dias a base de um rígido jejum. Nesse momento onde o frio, fome, medos, alterações neuropsicofisiologicas poderiam tê-lo feito aceitar a facilidade quanto aos impérios e riquezas que lhe foram oferecidos, ELE, em nome de sua liberdade, de seu amor próprio que advinha de sua causa, simplesmente assumiu sua escolha rechaçando veementemente a superficialidade que se esvai nos prazeres temporários e miseráveis implícitos nas estruturas do poder e das riquezas, mesmo envolto na mais árida solidão, mergulhado em seus questionamentos que certamente o angustiavam, porém estabeleciam reorganização em meio ao caos de pensamentos, sentimentos e emoções.

Desde a sua vida intra-uterina, diante da estrutura castradora de uma sociedade não menos hipócrita que a existente hoje, sentiu a através da angústia de sua mãe, ainda noiva e grávida, envolta ao medo em ser levada para fora da cidade e apedrejada conforme a “lei”, alterações oriundas da estrutura social imposta e manifesta no corpo de uma grávida, que transmitia todos seus sentimentos àquele feto que crescia no contexto da perseguição, exclusão, das dúvidas e do medo.

Os estados emocionais, através das alterações neuropsicoendocrinas desencadeiam complexas alterações químicas em todo sistema nervoso, que, conseqüentemente irá atuar sobre o sistema endócrino liberando substâncias que percorrem todo corpo e obviamente chegará até o feto, desencadeando alterações a nível perceptuais e fisiológicos. Quantas vezes diante do perigo ou do próprio medo, essa jovem grávida teve um elevado aumento na secreção de noradrenalina, para em seguida haver liberação de adrenalina, posteriormente, de cortisol sofrendo alterações neuropsicoendocrinas e fisiológicas contribuindo para eliciar processos de stress,melancolia , depressão etc..
Essas alterações ficam apenas para quem carrega um feto em seu corpo, isentando o fruto de seu ventre dos dissabores aos quais o mesmo é o veículo de vida e morte, prazer e desprazer para quem ali está temporariamente? Basta que os interessados recorram aos recentes estudos relacionados à vida emocional do feto e de sua mãe que comprovam justamente a relação entre os mesmos.

Imaginemos uma adolescente de 16 anos, 2008 anos atrás, imersa nas dores transcritas nas pedras que vitimou muitas mulheres, ver-se diante da proximidade de um ato elevadamente perverso que “esconde” secretos desejos por detrás da truculência dos arremessadores de pedras. O que e como ela se sentiu, quais eram seus pensamentos desencadeados através dos processos emocionais e quais eram as alterações sentidas em si. Quanta vez em meio a sua solidão foi assaltada por taquicardias, vômitos, cansaço e tantas outras alterações psicossomáticas, quantas vezes o choro não contido se estabeleceu, quantas vezes teve vontade de desaparecer? Quem compartilhava todas essas situações, quem estava mais próximo senão aquele mergulhado no líquido amniótico, envolto pela placenta, abrigado por seu corpo e “conectado” a tudo que se passava com essa moça?




Quanta tristeza e dor essa jovem grávida sentiu ao abandonar sua terra para reconquistar a liberdade, mesmo que ela estivesse no Egito, entretanto, assim como José, não seu marido, mas o filho de Jacó, lá era o local mais seguro em meio a tantas incertezas. Imaginemos todas essas alterações sentidas por seu filho desde a vida intra-uterina na mais tenra infância, depois de ouvir toda essa história milhares de vezes durante sua vida, além de sentir no “estagio do espelho”, o olhar dos outros para si, estabelecendo uma definição própria aos sentimentos de rejeição e passando conhecer a raiz de suas angústias.

Crescer fazendo o SER prevalecer em Si mesmo foi um continuo desafio a quem desde a fecundação teve o espectro da rejeição e da exclusão tão presente em sua história, entretanto, ELE, assumiu sua busca, não se deteve em lançar-se aquilo que chamavam de loucura estabelecendo a maior transformação histórica de todos os tempos. Foi o SER em si e permitiu-se viver para si o SER que negamos existir em nós mesmos: A grandiosidade. Não o limitou às severas exigências que encarceram o homem na pobreza de sua emoções, compreendendo que amar o próximo era um desafio que começava nele mesmo, afinal, o que seria se não o descobrisse em seus exílios existenciais. Poderia até falar em amor e liberdade, entretanto, não conseguiria extrair o imenso prazer, nem tampouco, definir-se de forma tão abrangente, que incomoda o sujeito cartesiano, ao conceder-se para SI o pleno direito e liberdade em defini-se através do: “EU SOU O QUE SOU’”.


RESERVE ANTECIPADAMENTE O LIVRO QUE FALA DO QUE SOMOS PARA NÓS MESMOS.

JESUS : - O DASEIN - O SER EM SI-

LANÇAMENTO : MARÇO DE 2008

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