Filhos não são Troféus.
“O filho não é e nunca foi um troféu daquele que detém a guarda para que o exiba como um prêmio por ter obtido a vitória. Aliás, nesta disputa nunca haverá vencedores, só perdedores.”
A frase acima descreve que filhos jamais deveriam ser “títulos”, sendo que, em alguns casos, aquele que detém a “guarda”, muitas vezes, explora a imagem, ou a “titularidade de Posse” da criança ou adolescente, visando extrair benefícios, e assim, impõe através de restrições arbitrárias o convívio dos mesmos com uma das partes (a desprovida da guarda, mas vale ressaltar : NÃO DESPORVIDA DO PÁTRIO PODER), permitindo transparecer falta de resolução em relação a separação, cuja ação, caracteriza-se como uma relação perversa, repleta de transferências e projeções daquilo que se é, principalmente, quando à alguém elabora-se um complexo “jogo” onde está explícita a relação entre o “punir” e o que consegue ser compreendido como “poder”, visando estabelecer um sistema de controle para vigiar, “questionar”, espreitar, espiar e sempre tentar construir “verdades” frágeis e parciais, buscando em prejuízo a uma das partes “dominar a situação”.
Os métodos visam desde o cerceamento da liberdade pessoal, até a ilusória “garantia” de manutenção da segurança patrimonial. Vejo ser interessante ressaltar que matrimônio não é empresa, muito menos, tem a particularidade de emprego vitalício, nem tampouco é loteria, porém, apresenta características do falível, e isso torna-se inaceitável ao pragmatismo da moral que busca instituir valores éticos, constituindo paradigmas e preconceitos necessários àquele que visa justificar o que considera “fracasso”, defendendo-se, mesmo que para isso necessite destruir a imagem do outro. É possível vislumbrar na contemporaneidade comportamentos de pais que criam sobre seus filhos um campo de batalha, onde as maiores vítimas serão aqueles que estão desprovidos das disputas de vaidades e orgulhos quanto a uma relação que faliu. Esses filhos, apenas desejam em seus projetos pessoais serem acolhidos, amados e terem seus desenvolvimentos não fragmentados por disputas pessoais. Querem respirar não a truculência apresentada no impulso homicida dos pais separados que degladiam e fazem de suas palavras “gládios”como instrumento fatal para justificarem o nada de suas disputas com cheiro de morte e dor, mas desejam sentir o aroma da existência que, por maiores diferenças apresentem os filhos, esses ainda crêem na esperança da estruturação e na vitória de seus sonhos sobre os pesadelos dos insensatos.
Admitir responsabilidades quanto ao que não deu certo em uma relação pode simbolizar maturidade e um terreno fértil para que os filhos possam estruturar suas vidas, desprovidos dos “monstros” persecutórios construídos pelo frágil discurso onde nada mais reside que a razão das vaidades. Aliás, nada mais frágil que a mesma, afinal, em suas argumentações vemos a necedade (estupidez ou ignorância crassa), a jactância sobrepor-se à liberdade quanto ao direito singular que é reservado aos filhos na construção do que devem ou não sentir em relação aos seus pais.
Portanto, excelente momento esse, onde devemos não somente voltarmo-nos à guarda-compartilhada, mas também rediscutirmos aspectos amplos e de grande relevância sobre a vida dos filhos.
Marcus Antonio Britto de Fleury Junior.
Psicólogo e coordenador do Ateliê de Inteligência.
A frase acima descreve que filhos jamais deveriam ser “títulos”, sendo que, em alguns casos, aquele que detém a “guarda”, muitas vezes, explora a imagem, ou a “titularidade de Posse” da criança ou adolescente, visando extrair benefícios, e assim, impõe através de restrições arbitrárias o convívio dos mesmos com uma das partes (a desprovida da guarda, mas vale ressaltar : NÃO DESPORVIDA DO PÁTRIO PODER), permitindo transparecer falta de resolução em relação a separação, cuja ação, caracteriza-se como uma relação perversa, repleta de transferências e projeções daquilo que se é, principalmente, quando à alguém elabora-se um complexo “jogo” onde está explícita a relação entre o “punir” e o que consegue ser compreendido como “poder”, visando estabelecer um sistema de controle para vigiar, “questionar”, espreitar, espiar e sempre tentar construir “verdades” frágeis e parciais, buscando em prejuízo a uma das partes “dominar a situação”.
Os métodos visam desde o cerceamento da liberdade pessoal, até a ilusória “garantia” de manutenção da segurança patrimonial. Vejo ser interessante ressaltar que matrimônio não é empresa, muito menos, tem a particularidade de emprego vitalício, nem tampouco é loteria, porém, apresenta características do falível, e isso torna-se inaceitável ao pragmatismo da moral que busca instituir valores éticos, constituindo paradigmas e preconceitos necessários àquele que visa justificar o que considera “fracasso”, defendendo-se, mesmo que para isso necessite destruir a imagem do outro. É possível vislumbrar na contemporaneidade comportamentos de pais que criam sobre seus filhos um campo de batalha, onde as maiores vítimas serão aqueles que estão desprovidos das disputas de vaidades e orgulhos quanto a uma relação que faliu. Esses filhos, apenas desejam em seus projetos pessoais serem acolhidos, amados e terem seus desenvolvimentos não fragmentados por disputas pessoais. Querem respirar não a truculência apresentada no impulso homicida dos pais separados que degladiam e fazem de suas palavras “gládios”como instrumento fatal para justificarem o nada de suas disputas com cheiro de morte e dor, mas desejam sentir o aroma da existência que, por maiores diferenças apresentem os filhos, esses ainda crêem na esperança da estruturação e na vitória de seus sonhos sobre os pesadelos dos insensatos.
Admitir responsabilidades quanto ao que não deu certo em uma relação pode simbolizar maturidade e um terreno fértil para que os filhos possam estruturar suas vidas, desprovidos dos “monstros” persecutórios construídos pelo frágil discurso onde nada mais reside que a razão das vaidades. Aliás, nada mais frágil que a mesma, afinal, em suas argumentações vemos a necedade (estupidez ou ignorância crassa), a jactância sobrepor-se à liberdade quanto ao direito singular que é reservado aos filhos na construção do que devem ou não sentir em relação aos seus pais.
Portanto, excelente momento esse, onde devemos não somente voltarmo-nos à guarda-compartilhada, mas também rediscutirmos aspectos amplos e de grande relevância sobre a vida dos filhos.
Marcus Antonio Britto de Fleury Junior.
Psicólogo e coordenador do Ateliê de Inteligência.
3 Comentários:
Prezado Colunista!
Seu artigo é muito interessante.
Mas acredito que os filhos acabam por serem o motivo de uma "união" , por corvadia,para evitar que se coloque a responsabilidade no que vão pensar do Pais,que diante da Sociedade em que se vive e de acordo com as conveniências não possuem coragem para enfrenta-la, vivem a ilusão de que o casamento deve ser mantido em nome dos filhos mas na verdade é em nome da sociedade esquecem de seus sentimentos, esquecem do que ja passaram juntos e preferem demonstrar a Sociedade que tudo esta bem na união, o prejudicado é sempre o filho, que sente que nada esta bem e pode crescer quem sabe uma pessoa insegura, ou com outros problemas psicológicos.
Por Carla, às 19 de novembro de 2007 às 16:45
Realmente , Carla, Filhos não são Troféus. O final de um relacionamento entre o casal não deve ser atruibuido aos filhos, nem mesmo a nenhuma outra pessoa.
Nada adianta manter um relacionamento empobrecido para justificar a sociedade a "estrutura familiar". Os filhos, não poderão ao crescerem, sentirem-se culpados pelo fracasso das relações de seus pais. Ao término de uma relacionamento não há culpados e sim o empobrecimento do relacionamento.
Mas , se terminam um dia, que não usem seus filhos como escudos para defenderem-se ou como fonte de privilégios cujo intuito nada mais está direcionado vingança, sendo a mesma , a continuidade que uma das partes pode encontrar de apegar-se a quem pode estar vivendo e seguindo o seu caminho objetivando a reconstução de dias melhores. Freud, sempre foi enfático : Vivemos em função do prazer e da Felicidade( Futuro de uma Ilusão), assim, penso que cada um deve buscar o seu caminho , isentando quem quer que seja das respondabilidades quanto as agruras da existência.
Filhos não são troféus, nem tampouco, emprego vitalício.
Por Marcus Fleury, às 21 de novembro de 2007 às 17:23
Senhor Colunista, Marcus Fleury
fico muito agradecida pela sua resposta, contendo mais esclarecimentos,realmente a pontos interessantes em seu artigo, de fato é interesse meu este tipo de assunto.
Outras vezes passarei por sua página para ver se há mais artigos sobre este tema, ou sobre estrutura familiar.
Obrigada.
Por Carla, às 21 de novembro de 2007 às 20:32
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