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sábado, 27 de setembro de 2008

“A verdadeira medida de um homem”

“A verdadeira medida de um homem”




Torna-se cada dia mais evidente as formas de exclusão na pós-contemporaneidade. São milhares delas, e, em cada uma, constatamos sempre o desejo constituído através do tirano jogo de linguagem utilizado, onde, o nada, depois de maquiado e sujeito às artificialidades constituintes da farsa, ainda assim, não ganha forma, necessitando da representação do fantoche, pois, nele encerra-se a teatralidade projetada do que se vive, do que se é, e, do que deseja, no ritual da circunstância, evidenciando a perversidade imbuída na intencionalidade das manifestações apresentadas, revelando o intenso desejo quanto ao vínculo pelo que concebe por poder; sendo, esse último, o sustentáculo imaginário que, acredita ter uma configuração além daquilo que seus olhos conseguem ver e o que vêem. Encontra-se deformado, afinal, o discurso não está ligado ao exercício do poder.

O teatro da farsa, anuncia a quem deseja ver, como o mundo, as pessoas, as diferenças e as vicissitudes são tratados pelo “conluio oligárquico”, que, estabelece como proposta, a exclusão às inteligências e críticas, implantando, assim, a sobriedade punitiva, através de atos que, buscam, por intermédio do sarcasmo, impor o insulto, a acusação, a depreciação, com comentários discriminatórios, gerando assim, violência e agressividade, sendo tais práticas definidas por BULLYING, e, passíveis de intervenção, ao serem constatadas.





Atualmente, as pessoas querem viver não apenas as relações de igualdade, mas, desejam modificar as proporções de desigualdade e, sobre as mesmas, têm uma concepção muito mais ampla do aspecto social, abrangindo a diversidade do universo que cada um tem dentro de si, considerando os aspectos psicológicos, culturais e biológicos, definindo assim, novas práticas, que, vêem o ser humano, não como um fantoche ou marionete, movido por mãos duvidosas, mas, um elemento transformador e reconstrutor, que utiliza a arte do pensamento e da crítica, discernindo entre a estrutura das manipulações que sustentam, uma minoria, que, deforma e sufoca a proposta que estabelece a importância do coletivo, na nova relação com o que realmente é Poder.

Não há mais espaço para o hedonismo sádico, nem, muito menos, para a concepção maniqueísta, onde, se define, apenas dois fatores: A existência está muito além do bem e do mal, e, não se rende ao cerceamento das faltas de propostas, nem, tampouco, às “verdades” absolutas, limitadoras e fragmentadoras, reconhecendo que, na truculência da linguagem articulada, utiliza-se de elementos contrários aos fatos, estabelecendo uma antiga estratégia, gerando sofismas, e, como parâmetros para sobrepor-se ao ser humano.
O princípio da fala inconsistente, intrínseca, no discurso repetido mil vezes, tem por finalidade, excluir as pessoas, julgando-as com intenso desrespeito, afinal, em nada edifica.
“A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas, como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio”. (Martin Luther King)


Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo psicossomaticista e Coordenador do Ateliê de Inteligência.

2 Comentários:

  • Este comentário foi removido pelo autor.

    Por Blogger Unknown, às 8 de outubro de 2008 às 20:58  

  • Caro Marcus Antonio Britto de Fleury Junior, tudo bem?

    Quero convidá-lo a fazer parte dos colunistas do Portal www.jornalismopolitico.com que vai ao ar, em versão Beta, amanhã [29]. Caso o amigo tenha interesse em colaborar; suas matérias de qualquer assunto serão postadas diariamente.

    Contando com sua colaboração,

    Paulo Zildene
    Jornalista
    DRT-MTb: 1670
    e-mail: paulozildene@jornalismopolitico.com

    Por Blogger kiu, às 28 de outubro de 2008 às 09:00  

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