Tudo pode ser muito pior; só depende de você.
É
mais que natural que sejamos surpreendentes a uns, e decepcionantes a outros.
Ora, imagina só o quanto seríamos muito piores se todas as pessoas esperassem o
melhor de cada um de nós? Sem dúvida, essa ilusão que todos esperam o melhor
que possamos oferecer é mera farsa, uma fantasia forjada no mito de narciso e
todos bem sabem, que ao final da história, definha-se por tanto contemplar a si
mesmo. Portanto, nada mais saudável que aceitemos nossos erros, reconheçamos
nossas fragilidades, nossas babaquices crônicas, entre elas, esse tola e
sufocante mania em buscarmos a perfeição naquilo que já nasce dotado de uma
complexidade tão grande que permitem-se erros e acertos na mesma proporção, ou
então, de tempos em tempos, uns mais , outros menos.
Ah,
essa história do para sempre, isso é o ônus que já faz o amor ser um aborto,
afinal, sufoca a possibilidade em crescermos na exigência neurótica de uma
anulação do para hoje. Não dá para viver para sempre, sem sequer saibamos o que
é o para agora. Não dá para construir um futuro se não tivermos as experiências
adquiridas dentro das realidades presentes.
Sabem,
penso que talvez seja o tempo para que os que estejam atravessando os desertos
das incertezas mudarem o foco, transformando-as nas mais viáveis possibilidades
em reencontrarem-se em sua própria história, não na certeza exigida por convenções,
nem mesmo, pelos desejos que os outros possam querer impor sobre as nossas
vidas, mas, que na tranquilidade que na flexibilidade do “talvez”, possamos
percorrer com liberdade o sim e o não, o real e o imaginário, passando pelo
simbólico, e assim, consigamos definir o que desejamos viver dentro de uma
determinado contexto.
Cada
um deve estabelecer em sua caminhada o que necessita, mas, carregar as
exigências do mundo que o outro deseja ser sobre nós, nas costas, nunca será a
melhor escolha; quer saber de uma coisa, será a pior! A mais massacrante, e
menos dotada de condições para que cada um seja o que necessita ser.
Claro,
o dia em que você optar por si mesmo, lembre-se, ao menos uma dúzia dirá que
seu egoísmo é impressionante, entretanto, os mesmos que o acusam em ser
egoísta, se esquecem em desfazerem-se desse mesmo sentimento, afinal,querem
que sejam sempre iguais, todos presos a um mundinho sórdido , dotado de
conceituações e juízos de valores que os torna tão parecidos que mal conseguem
distinguir-se quanto quem é quem nessa relação
onde tudo quando misturado não nos permite
singularidade.
Marcus Fleury Junior
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home