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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O poder é uma farsa




                             

                                  O poder é uma farsa


É perfeitamente compreensível que a leviandade, quando se depara com propostas, ou, com o nada que criou, atormente-se e tente forjar  um responsável por seus próprios desatinos. Assim, em milênios, tem sido a história, feita pelos que necessitam escrevê-la sob a ótica do entorpecimento social, dando às relações de poder a forma que precisam para que possam esconder as mais sujas bases que sustentam interesses e seus beneficiários.  Isso é o que chamam de poder, e poder, conforme Michel Foucault, “nada mais é poder, senão por que é frágil”.
É o ajuntamento de miseráveis fragilizados, endinheirados, corruptos e deturpadores das realidades sociais, sempre, buscando num determinado período, perpetuar seus grupos para que possam sempre tomar de assalto um povo, furtando sua dignidade e desconstruindo de forma voraz, com auxílio das bem pagas mídias,  a identidade sócio-histórica, pois, assim, enfraquecem um povo e o torna fácil presa para o domínio escuso de um Estado, que nada mais representa, senão, a estrutura que financia a grande teia social que embaraça a todos que por ela possam tentar fugir às regras e impor a instabilidade ao controle de uma soberania de barriga vazia, pálida, sem hospitais, adoecida, marginalizada e entorpecida.

A soberania nunca passou de uma grande prostituta, que de tempos em tempos, muda suas vestes e troca suas cores, dando o brilho necessário aos que são úteis como bola da vez para que possam manipular e conter a inquietação popular, e hoje, nada mais perfeito que colocá-las em poucos metros quadrados, a preços exorbitantes, chamando-as de minha casa, minha vida. 
Nossa casa e nossa vida tem 8.514.876,599  km² , e nossa dignidade não pode ser mensurada no padrão “fifa” da corrupção e desmandos em relação ao que é coletivo e público.

Pelas leviandades, detestáveis senhores aclamados pela desgraça social, são paridos os que são denominados de vândalos;   esses, são a projeção da marginalidade que há em vossas excelências, bem como, de suas miseráveis sombras que se arrastam pelas  existências vencidas, na incapacidade em ler nas entre linhas das dores psicossociais, aquilo que seus projetos de salvadores da pátria, tanto  tentam esconder e por isso, criam os estereótipos, fundam os estigmas e açoitam as verdades que tanto temem, a ponto em desejar colocá-las atrás dos muros para que as cegueiras de suas intenções não despertem a loucura que os senhores tanto temem, mas, que os atormenta no forte grito que vem das ruas
 
Marcus Fleury é psicólogo e coordenador do Ateliê de Inteligência.

ateliedeinteligencia@gmail.com

 

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