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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Posso ser Feliz!





O universo psiquico infantil necessita ser ser visitado todos os dias pelas famílias,afinal, as crianças a cada momento, acrescentam aos seus repertórios novas formas de linguagem que, em conjunto com os estímulos visuais e em congruência aos sistema sesorio-perceptual desencadearão mecanismos necessários para definir como irão lidar com os eventos que aconteceram no dia- a- dia, sempre trazendo de volta , lá do material “ armazenado” no inconsciente, elementos necessários para a reedição de situações já vividas, onde, estão o início de traumas profundos que se não forem trabalhados ou “tratados”, desencadearão porocessos mentais muito mais severos, interferindo assim nas mais variadas áreas da vida de uma pessoa,levando-a, desde pequenos medos e ansiedades, até mesmo, a manifestação comportamentos que comprometem suas vidas.

Inúmeras pessoas em determinadas situações sentem-se tão desconfortáveis e incomodadas que não conseguem lidar com o que necessitam ou desejam fazer, promevendo assim, a interrupção daquilo que por mais que seja desejado é, ao mesmo tempo, rejeitado ou negado em suas vidas. Quantos são os que caem na ambivalência cruel entre o desejar e o não realizar, gerando a frustração e a aproximação de dores emocionais vividas no passado às quais tornam-se uma forma de contato entre o indivíduo e sua história, sentindo-a, por mais desagradável que seja, uma forma de reviver em seu corpo determinados eventos traumáticos,entrando em ação nesse instante, processos que fazem em milésimos de segundo, acionar os processos mentais e todo o conjunto de estruturas que formam o sistema límbico , promovendo assim, uma ampla mobilização de todos os sistemas,levando-nos a embarcar nos revoltos oceanos das alterações da afetividade (pulsões de ódio, susto, riso incontido, fobias , etc...) . Assim, somos tomados tanto em circusntâncias de breves duração ou adentramos outros níveis das dores psíquicas,sendo tais, extremamente severas a ponto de muitos, em virtude da intensidade das mesmas, colocarem fim às suas vidas,sendo, tal fato, o ponto alto de um rito que, muitas vezes, pode ser uma forma que o indivíduo encontra para se eximir de determinadas culpas, transferências e projeções ou outras situações que, quando crianças, tiveram início , sendo manifestadas na adolescêcia ou nas estapas posteriores,afinal, existem pessoas que diante de determinadas situações, sejam elas eventualidades ou mesmo um caminho que vem sendo traçado inconscientemente por longas datas,revivem em suas histórias, manifestações que as fazem através dos traumas e dores perpetuar vínculos com a tragetória da história psicoemocional que cada um de nós tem.

Necessitamos cuidar de nossas crianças e, urgentemente, faz-se necessário que cuidemos da criança adoecida dentro de nós , essa, que nos consome e mal sabemos compreender os motivos que inesperadamente somos visitados pelas angústias, pelas tristezas, melancolias e até mesmos pelo desejo ou medo exagerado em relação a morte. Se nós pais trazemos dentro dos porões do inconsciente uma infância adoecida e ferida afetivamente é necessáro que visitemos nosso universo psiquico, assim, como devemos fazer aos nossos filhos e alunos, resgatando os momentos onde os traumas forma desencadeados e dando-lhes novos significados e interpretações retirando dos mesmos a intensidade emocional que, naquele momento, foi investida. Uma pergunta: Se retirarmos o conteúdo emocional investido no trauma , resignificando-o, o que acontecerá? Simples, ele perderá a intensidade e não mais mobilizará todo o conjunto de sistemas descritos nos parágrafos acima, tornando-se, então, apenas um fato como tantos outros que fazem parte da hsitória que cada um de nós somos.

Não existem remédios que curam dores emocionais, mesmo que o mundo esteja abarrotado de comprimidinhos que prometem trazer a felicidade,a alegria e o fim a todos problemas, contemplamos os índices de depressões, suicídios, fobias, transtornos alimentares, alterações psicossomáticas aumentam vertiginosamente a cada ano . É necessário jogar limpo, medicação altera os processos neuroquímicos,mas não promovem a resinificação de nada no que tange ao campo dos processos psicoafetivos. A Organização Mundial de Saúde, vem, a muitos anos alertando que a depressão será em 2020, a segunda principal causa de incapacitação, ficando assim a disposição de quem queira compreender que o aquilo que está aí, sendo ampalmente utilizado e prescrito, muitas vezes, de forma irresponsável,não garante absolutamente. Tais índices representam algo muito sério para qua a saúde mental seja tratada com tanta leviandade e intenções de reserva de mercado a quem quer que seja.

Portanto, vejo que as pessoas, mesmo que vagarosamente, estão despertando não de um transe hipnótico,pois, se o fosse, estariam livres de muitas de suas agruras emocionais, entretanto, estão conseguindo sair do torpor que por muitos anos as colocou como vítimas, afastando-as da capacidade em tornarem-se autoras de suas histórias. Assim, hoje, buscam enfrentar as intempéries por saberem da importância quanto ao papel que tem, não apenas em suas vidas, mas, na relevância em fazerem-se presentes no universo psíquico de seus filhos, minimizando, dessa forma, traumas que se forem observados precocemente os levará a estruturação de suas personalidades fazendo-os mais seguros,capazem quanto a compreensão e o exercício do ousar, expor-se e assumir-se.

Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo, coordenador do programa de prevenção a depressão e do grupo de estudos Michel Foucault. ateliedeinteligencia@gmail.com

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