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sexta-feira, 22 de março de 2013


 
 
 

O amor não é exigência para a felicidade

 

 

A hipocrisia das conceituações do sentimento de amor faz da possibilidade em vivê-lo, muitas vezes, o contrário daquilo que as pessoas tanto procuram, levando-as ao mais intenso desespero, tal como, inocentes que estão lançados ao fundo das mais inóspitas prisões.  Assim, a escuridão, nada mais é, senão, a ausência que impomos a nós mesmos; o auto-abandono que estruturamos às nossas vidas por um dia acreditarmos que alguém seja o responsável em trazer o que somente nós podemos buscar.

Quantos são os que esperam que o padrão religioso do amor, ou mesmo, comercial, ou então, as meras convenções sociais, venham lhes trazer algo que é de plena responsabilidade pessoal. O amor é pessoal e intransferível. Não pode ser atribuído, a quem quer que seja, como uma responsabilidade a ser desempenhada pelo outro, como nas inúmeras sensações em nossos corpos. Isso não é amor, mas tesão e outras formas de estimulações, que logo mais, se não houver auto-estima e um Eu sempre pronto a reformular os capítulos de nossas histórias de vida, passarão, deixando para trás, apenas as lembranças que nos cobram, não apenas de nossas mentes, mas, de inúmeras pessoas. Lembranças daquilo que não mais existe, ou mesmo, do que está esquecido e fôra investido numa única vez, como se a existência fosse assim, tão limitada e terrivelmente miserável.

 O que chamam de “amor”, nessa sociedade que nada é de moderna, ao contrário, um grande atraso, cheia de objetos que levam essas coisinhas de duas pernas, intitulados de seres humanos, a serem tão desumanos, é justamente as conceituações estabelecidas ao tesão mal elaborado, que mais cedo ou mais tarde, chamarão de “amor”. Por isso, os finais dessas histórias que começam elevadamente celebradas, e poucas vezes bem elaboradas, terminam em célebres enredos de tragédias e destruições.

 Quantas são as pessoas que, pela ausência de si mesmas, ao permitirem-se anular em nome das exigências que satisfazem as expectativas de alguém, estão hoje lançadas aos estigmas, justamente, por terem frustrado aqueles que nunca encontraram-se?    

O amor não é exigência para a felicidade, ao contrário, existem pessoas que, em seus momentos de solidão, contemplam o regozijar-se do estar só, expondo o contentamento com o que são e com o que vivem, e assim, sabem muito bem que podem sempre ir muito mais além em suas vidas, sem a sujeição ao egoísmo, ou, ao adoecer coletivo dos que buscam sentimentos  nos outros sem que ao menos saibam o papel que os mesmos representam em suas próprias vidas.

 

 

Há casais que se destroem uns aos outros responsabilizando uma das partes pelas frustrações quanto às expectativas que transferem.

Há amizades que já nascem adoecidas por acreditar que uns completam os outros.

Estamos numa sociedade que está a séculos na “UTI”, padecendo pela inobservância quanto a grandiosidade da vida e, não pela limitação da mesma a uma bula repleta de contra-indicações que muitos fazem de conta desconhecer.

Aos poucos, compreendemos que não podemos corresponder às expectativas  de quem quer que seja, por mais que tenhamos  profundos níveis de convivência. Isso, não limita a felicidade que podemos viver, nem tampouco, a completitude que nos faz sentir prazer, mas, amplia nossa condição quanto à compreensão ao papel do amor em cada um de nós, desde que saibamos da importância desse sentimento que cultivamos.

Sou conhecedor da beleza existente nas mais belas flores, mas, não exercitarei o egoísmo próprio dos que adornam seus altares arrancando-as dos jardins, pois assim, meus olhos vêem e meus sentimentos se renovam, aprendendo que o amor não é o que tomamos como posse, mas o que consolidamos em nós mesmos, como um doce remanso para que compreendamos o grande valor e intenso prazer que há em existir.

 

Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo é coordenador do Ateliê de Inteligência.

ateliedeinteligencia@gmail.com

sexta-feira, 8 de março de 2013




Parque Serra das Areias, um adorno a coroa megalomaníaca.

 

A má fé é a condição própria dos que fazem das palavras um conjunto de artifícios, cujo interesse, nada mais é, senão, enganar, roubar, corromper, tornando a realidade tão torpe quanto à ausência de caráter dos que geram meios para que as finalidades sejam fatores de enriquecimento a poucos, e consequentemente, empobrecimento social e degradação dos recursos naturais. Criam parques ambientais por decretos e os ampliam para que possam deitar eternamente nas tetas do governo federal, arrancando, se possível for, até o último centavo, não os aplicando e gerando, dessa maneira, a farsa pública, muitas vezes, veiculada pela mídia, como se a virtualidade, mãe do estelionato político, não fosse por nós conhecida.

O Parque Serra das Areias é o retrato não apenas de um estelionato político, mas, o palco de um cenário que agrega diversos crimes, cujos gestores, rasgam a constituição, tornando-a inócua e desprovida de garantias a nós, cidadãos que somos em nossos direitos, roubados, além de traídos por uma horda que faz da mentira o alicerce de suas malandragens oficiais.

Criado para garantir a Aparecida de Goiânia, uma reserva ambiental, O Parque Serra das Areias, muito citado em entrevista dos gestores do município acima citado, como uma “joia” à população, nada mais  é, senão um adorno à coroa megalomaníaca de Maguito Villela e seus súditos que economizam verdades para justificar a incapacidade da implantação do Parque, que hoje, em virtude da degradação ambiental que está em curso nesse local, coloca o município em elevado risco em  virtude do assoreamento e de córregos que já não mais existem, como por exemplo, o Córrego Pedra de Amolar e outros, além, da redução das cachoeiras naquele local, que outrora eram 14 e hoje, segundo informações do senhor Juliano Cardoso, ex-secretário municipal de meio ambiente de Aparecida de Goiânia,  em outubro de 2009, ao Jornal Hoje, “restam apenas 6”, ressaltando o  comprometimento do lençol freático em virtude de poços artesianos ilegais e consequentemente, um desabastecimento de água para a população.

Bom, essa entrevista, dada efusivamente em 2009, não passou de uma bravata, de um lampejo da consciência, cuja razão, ao ser construída em forma de discurso, se estabelece sob artífice em persuadir e tornar as mentes um pouco menos críticas em relação ao que nada foi feito até a presente data.

O Parque Virtual Serra das Areias, adorno da coroa do prefeito local, não bastasse esses inúmeros e graves fatores, ainda conta com pistas ilegais de MotoCross, que rasgam a Serra, deixando ali escritas suas marcas, para que todos possam se lembrar e certificar que o poder somente é poder porque é frágil e constituído, nos moldes republicanos de hoje, apenas para estabelecer governos cujas vaidades são pessoais, passando bem distante dos princípios de honra, honestidade, caráter, democracia plena e devoção aos interesses coletivos.

Como se não bastasse, lá estão vários loteamentos ilegais, extração de areia e pedra, desmatamento, depósito de entulhos, além da desova de cadáveres e depósito de carros roubados. Para tal, a justiça determinou um prazo de dois anos para que o Parque Serra das Areias fosse implantado, isso, a mais de 4 anos e até hoje, nada. Lá, está a mentira oficial, enganando a todos, principalmente, aos que não desejam enxergar, nem mesmo compreender o que é estelionato político, “171” da pior espécie, orquestrado sob a batuta de embromação dissimulada que está por detrás da voz mansa e doce de quem sequer sabe o que assina; sim, isso mesmo. Em certa ocasião, ao ser questionado por dois senhores da mais alta e ilibada reputação moral, em relação ao decreto de expansão do Parque, o Prefeito Maguito Villela, foi surpreendido pela apresentação do decreto que continha sua assinatura, sendo que, minutos antes, garantira a essas pessoas que, caso tivesse assinado algo, “o fez sem saber”. Mas como assim, Prefeito? Não sei que seriedade há, aliás, até duvido que possa existir, afinal, como pode desapropriar terras particulares sem jamais dar uma satisfação aos proprietários em relação às indenizações? Aliás, com uma observação gravíssima, só o fez apenas a um empresário do ramo de churrascarias de Goiânia, sendo o valor indenizatório muito superior ao preço real do alqueire na época, que era de 45 mil reais, no entanto, a esse $ortudo, o alqueire foi avaliado e pago no valor de 80 mil reais.

Então, Prefeito Maguito Villela, posso considerar que exista seriedade em uma gestão que privilegia a um em detrimento de outros? 

As terras que foram desapropriadas e que deveriam compor o Parque Serra das Areias estão lá, destinadas ao nada, enfiadas no pinico ao qual o senhor leva a Brasília para pedir dinheiro público, sem tornar a finalidade do Parque uma realidade, mas, apenas, um discurso que desafia a própria lei, tornando-a um instrumento de manipulação e grande mentira, uma farsa pública que necessita ser avaliada pelo Ministério Público de Aparecida de Goiânia, cujo Excelentíssimo Promotor Elvio Vicente da Silva tem conhecimento de tais denúncias que foram feitas a ele no dia 15 de agosto de 2011, em seu gabinete.        

Nada tenho contra o senhor, Prefeito Maguito Villela, mas, em relação a conduta de sua gestão, amparado em fatos reais e documentos, posso garantir que nada tenho a favor, afinal, os que conduzem os interesses coletivos com tamanho descaso são dignos de confiança e respeito?

 

Marcus Fleury Junior é psicólogo e coordenador do Ateliê de Inteligência.