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sábado, 9 de outubro de 2010

Não me peça para ser o mesmo.






Nada resta a mim, senão, me permitir analisar e interpretar a vida, sempre distanciado de qualquer paixão obsessiva, afinal, essas manifestações excessivas são altamente destrutivas ao ser humano, bastando avaliar os aspectos que constituem as fatalidades da vida.

Faço questão em ser o tormento momentâneo ou o inferno permanente para muitos, a fim de incomodá-los na letargia que assola as mentes nessa tão pobre contemporaneidade, repleta, não apenas de comida pronta, mas de conclusões despejadas pelos mais variados mecanismos, tanto de comunicação, como de diversas estruturas que desejam isentar as pessoas quanto a necessidade em pensar; afinal, o comportamento condicionado, modelado por parâmetros que servem aos que você serve, quer não somente o seu dinheiro, mas, deseja ansiosamente torná-lo mais um componente, mais um servo, mais um fiel, mais uma ovelha, mais um voto, mais uma boca que consome, mais um corpinho delineado por litros de silicone, mais um freguês nas filas das farmácias, mais, mais, mais, muito mais tudo isso e menos você.

Já experimentou fazer-se uma perguntinha que parece ser “ridícula”, mas, talvez você nunca tenha descido de seu trono imaginário e esse pode ser o momento em concluir o que é um ser humano quanto as capacidades e habilidades próprias? Você consegue definir o mundo que é sem ter medo do mundo em que vive? Então, desafie-se por essa semana a pensar e repensar, sem pressa alguma, afinal, onde a vida o tem levado, ou, o que tem feito de sua história?

Pergunte-se: “Quem sou eu?” Olha, que você tem nome, profissão, religião e outras coisas desse tipo, não é nenhuma novidade, agora, quem é você é muito mais complexo, muito mais importante e, talvez sua vida esteja desprovida de um sentido maior, justamente pelo fato em não saber ao certo quem é essa pessoa que habita aí dentro desse corpo, por não permitir-se viver suas potencialidades, por sufocar-se e matar o que pode ser o seu grande remédio, sua grande caminhada rumo a um novo nível em sentir-se, não apenas bem, entretanto, feliz. Acredito que temos a necessidade de sermos felizes, desfazendo as padronizações quanto aos conceitos de felicidade que nos vêm como enlatados, ou mesmo, perpassados como lição de família. Compreenda a importância que seus pais podem ter em sua história, mas não cometa o atentado fatal em tentar ser como eles ou qualquer outra pessoa; isso consiste em assinar um atestado de óbito em plena vida, privando-se em elaborar e desfrutar de sua própria vida.

Refaça-se nessa pergunta e quando tiver alguma conclusão, seja lá qual for, faça-se outra: “Se sou isso que acredito, o que isso tem feito de diferença a minha vida? Se de repente, ao longo dos dias, sua resposta for negativa, prontifique-se a mudar. Lembre-se: você não nasceu com nenhum manual de uso ou contrato com quem quer que seja, a não ser com sua própria história.

Michel Foucault, certa vez, escreveu a seguinte frase: “Não pergunte quem eu sou e não me peça para ser o mesmo”. Mudar, reposicionar-se, rever-se, resignificar-se sempre faz muito bem, sendo tais momentos, um grande presente que nos concedemos, abandonando, dessa maneira, tudo aquilo que nos faz mal, mesmo que seja o que confundimos com o que, por dependência emocional, chamamos de “amor”. Existem “amores” que não são para serem vividos, afinal, se o forem, tornar-se-ão fontes de stress, angústias, depressões e tantos outros transtornos, inclusive o suicídio.

Portanto, permita-se sempre redirecionar sua vida, assumindo um compromisso com sua existência e não com esse mundinho padronizado, cujos conceitos, nada mais acrescentam, senão, torná-lo mais um numa escala de relações, cujos interesses, estão naquilo que você pode oferecer. Claro, vão aparecer vozes “berrando em seus ouvidos”: “Isso não existe”. Mas, antes de qualquer conclusão, reserve-se o direito em pensar como está sua vida diante de tantas regras, doutrinas, normas, remedinhos, discursos criados e teorias, e se as mesmas podem ser a própria descrição simbólica de um grande inferno, fazendo-o sofrer e ser elevadamente infeliz.

Acredito que a felicidade quando é elaborada e reelaborada a partir daquilo que é vivido, nos torna tão tranqüilos a ponto de saber que a tristeza, trazendo em sua bagagem as perdas que todos temos em algum momento da vida, seja apenas uma “visita” temporária e o que fazemos em relação aos incômodos que ela causa, define o tempo de sua estada. Então, busque suporte para os momentos difíceis de sua vida, assumindo a necessidade em reconstruir-se sempre que for necessário, saindo do cárcere da solidão e dos medos, reassumindo o controle sobre as emoções e dando um novo sentido aos sentimentos.

Ajude uma vida, divulgue ou participe do grupo: “Falando em Depressão, opto em ser feliz.” Reuniões todos os dias as 19:30 h.

Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo e coordenador do programa de depressão e do grupo de estudos Michel Foucault, do Ateliê de Inteligência.

ateliedeinteligencia@gmail.com

domingo, 3 de outubro de 2010

A sabedoria massacra a mediocridade.

A sabedoria massacra a mediocridade.


O que diferencia o insensato daquele que faz de sua história uma trajetória longa e profícua, está justamente na capacidade em estabelecer e analisar a profunda compreensão que só se é enfurecidamente atacado, quando, no íntimo do silêncio que açoita os invejosos, se é “imensamente amado, desejado e, até mesmo, o modelo que muitos tentam ser, mas não o são, justamente, por que não compreendem que cada um é único e traz em si componentes próprios que se trabalhados e transformados em habilidades e competências, podem gerar pessoas muito melhores que os “heróis” que escolhemos. Os heróis, nada mais fizeram, senão, serem heróis deles mesmos, sendo esse, o motivo pelo qual se destacam e fazem grande diferença, afinal, não tentaram reproduzir ninguém e assumiram-se sem nenhum temor, acreditando sempre em seus ideais e sonhos.

Augusto Cury, em um de seus livros, diz que, todo discípulo é traidor e, tal tese vem sendo observada por mim com grande interesse, sempre rebuscando na história ex-amigos de grandes líderes que, com o passar do tempo, tornaram-se algozes movidos pela limítrofe capacidade onde, os conflitos emocionais e os transtornos de personalidade sobrepõem-se à capacidade cognitiva, transformando sentimentos e emoções em adagas envenenadas que, aos poucos, voltam-se contra si mesmos, num rito de Harakiri, deixando expostas as víscera e revelando o vazio esculpido pelo ódio, pelo rancor e pela inveja que corrói como ácido os melhores princípios, revelando que o que outrora era tido como grandioso, nada mais é, senão, as sombras que refletem o anão existencial que sempre se escondeu por detrás do discurso e pela bajulação.

O que mais dói ao invejoso é saber que jamais poderá ser aquele de quem fala e, com o passar do tempo, estará lançado ao mais profundo esquecimento, relegado a condenação da solidão que não suporta, afinal, sua inexistência é tão real que sempre requer as luzes, os aplausos e os bajuladores.

O invejoso, por ser altamente incapaz, necessita de uma horda de invejosos para que possa tentar destruir uma só pessoa, entretanto, o final deles é apoteótico, regado a sangue, traições das mais diversas modalidades, desagregação familiar, escândalos, pois, com o tempo, destroem-se entre si, almejando o trono de quem os agregou em um só espaço, não visando uma causa, mas, cada um, em busca de seus interesses pessoais.

O invejoso desespera-se com seus cabelos brancos por imaginar que competência esteja relacionada com idade, mas esquece-se que um senhor de 66 anos, chamado Wiston Churchill, livrou o mundo da tirania de um homem que, dos 38 aos 44 anos, exterminou 6 milhões de pessoas, deixando-nos uma sórdida lição que, não é a idade que difere uns aos outros, tornando-as mais ou menos competentes, mas sim, a capacidade quanto a tolerância e a habilidade em fazer das diferenças apenas detalhes e não o fato em si.

Íris Rezende, em seus mais de 50 anos de vida pública, tinha admiração pela história de muitos líderes, mais nunca os teve como heróis, nem mesmo, os utilizou para blindar-se, pois, suas características próprias o fizeram, de peito aberto, assumir-se como é: livre de máscaras e envolto no tempo que vive, na idade que tem, sem perder-se no mundo que está, tornando o conhecimento e a atualização uma necessidade imprescindível, tanto é que, em sua gestão frente a Prefeitura de Goiânia, não priorizou canteirinhos floridos em bairros visíveis para mascarar os bairros desassistidos, sem asfalto e desprovidos de estruturas básicas como na gestão de um prefeito antecessor, mas fez dessa cidade, a capital com maior área verde do Brasil e a segunda no mundo, agregando diversos parques que são verdadeiras obras de arte que elevam a qualidade de vida dos goianienses e eleva o orgulho dos goianos, fazendo arder de inveja os que o tem como adversário, afinal, Iris não tem tempo para mediocridades, pois, nos anos acumulados, não empilhou o lixo, que é o ódio dos que o guardam em seus corações, fazendo sua alma refletir a serenidade de um povo que acredita e não se deixa enganar pelos fantoches que a história constrói para representar as elite e os desabrigados do Palácio da Esmeraldas.
É notável que os mesmos que destituíram Iris da prefeitura, cassando seus direitos políticos em 1970, são os mesmos que, hoje, travestidos de democratas, desejam a todo custo, tentar mais uma vez, apagar uma história que foi escrita pelo povo e não por golpes baixos dos puxa-sacos de generais, que, em 1982, perderam as “tetas” que nutriam as fantasias douradas da ensandecida oligarquia goiana. Esses mesmos, uniram-se aos sem palácio da era Santillo, fantasiando-se de tucanos para esconderem os corvos e abutres que sempre estão em busca da carniça que acostumaram-se. Restou-lhes então, um representante que agregasse os interesses das elites e, movidos pela limitação intelectual que lhes é própria, convidaram um comediante “global” para colocar “o bobo da corte” no Palácio das Esmeraldas, sendo esse, o que tornou-se patrão dos desmandos públicos que herdou seu sucessor e emperra o Estado de Goiás.

Íris Rezende, formou-se em Direito na Universidade Federal de Goiás, cujos professores eram eruditos e nutridos de conhecimento em uma época onde, para se ser Mestre e ou Doutor tinha-se que ler muito e ser um grande pensador, diferentemente dos que fazem Direito aos finais de semana em turma exclusiva, nos tempos onde, doutorados e mestrado são oferecidos em qualquer esquina.

Então, por mais que a mídia dos discípulos de Goebbels se esforce na tentativa em forjar um falso líder, o povo sabe muito bem definir quem tem compromisso com o Estado de Goiás, diferentemente dos que hoje acumulam fortunas construídas em pouquíssimo tempo a serviço das elites econômicas e das enlouquecidas castas que, de tempos em tempos, constroem seus fantoches para enganar o povo.

Iris está como o ensinamento judaico diz no melhor de seu tempo, contrariando os preconceituosos que denigrem e desmerecem as pessoas quem têm a graça Divina em tornarem-se sábios pela idade, pois, "para o ignorante, a velhice é o inverno; para o instruído é a estação da colheita.”

Marcus Antonio Britto de Fleury Junior é psicólogo. Coordenador do Programa de Prevenção a Depressão e do Grupo de Estudos Michel Foucault, do Ateliê de Inteligência.